COMPLICAÇÕES MATERNO-FETAIS DE GESTAÇÕES GEMELARES

Autores

  • Fabio Bastos Silva Centro Educacional Serra dos Órgãos
  • Alcymara Martins Rodrigues Soares Centro Educacional Serra dos Órgãos
  • Geovana Coelho Lemgruber Porto Centro Educacional Serra dos Órgãos
  • Larissa Corrêa De Almeida Centro Educacional Serra dos Órgãos
  • Vitória Braziellas Justiniano Centro Educacional Serra dos Órgãos

Resumo

Introdução: gemelaridade é a gestação com dois ou mais embriões. Aumenta sua
incidência conforme o aumento da idade materna, reprodução assistida, entre outros. Pode ser
devida à fecundação de dois ovócitos (mais comuns) ou de um mesmo ovócito que se divide.
Oferecem mais riscos à mãe e aos fetos, como a natimortalidade até cinco vezes mais elevada
nestas gestações. Objetivos: Apresentar brevemente as complicações mais comuns das gestações
gemelares; expondo a sua epidemiologia no Brasil conforme o colocado no DATASUS e
comparar as principais complicações encontradas na literatura com as descritas no DATASUS.
Métodos: Revisão bibliográfica com busca nas bases: LILACS, Scielo, MedLine, e Google
Acadêmico, livros e órgãos de ginecologia e obstetrícia. Foram incluídas fontes entre 2004 e
2018 que abordassem aspectos deste trabalho em português ou inglês e coletados dados no
DATASUS sobre complicações no Brasil, sendo alocados em tabela e trabalhados como
porcentagens. Resultados e discussão: As complicações da gemelaridade podem ser divididas
em materna e fetais, que podem ser subdivididas em gerais e exclusivas da monocorionicidade.
As mais comumente encontradas na literatura são a hipertensão, prematuridade, crescimento
discordante, diabetes mellitus e anomalias. No DATASUS os dados mostram elevada
prematuridade, baixo peso ao nascer e mais partos cesáreos em gemelares em comparação aos
fetos únicos, além de baixo Apgar mais frequente. Conclusão: Pouco prevalentes, as gestações
gemelares apresentam alta ocorrência de complicações. Porém, os dados do DATASUS mais
recentes são de 2016 e possuem ignorados em cada complicação; possivelmente impossibilitando exatidão nas estatísticas nacionais. Apesar disso, assim como as literaturas, mostram maior

complicação para gemelares e indicam a necessidade de novos estudos no Brasil.

Biografia do Autor

Fabio Bastos Silva, Centro Educacional Serra dos Órgãos

Aluno do curso de graduação em medicina do Unifeso

Alcymara Martins Rodrigues Soares, Centro Educacional Serra dos Órgãos

Aluna do curso de graduação em medicina do Unifeso

Geovana Coelho Lemgruber Porto, Centro Educacional Serra dos Órgãos

Aluna do curso de graduação em medicina do Unifeso

Larissa Corrêa De Almeida, Centro Educacional Serra dos Órgãos

Aluna do curso de graduação em medicina do Unifeso

Vitória Braziellas Justiniano, Centro Educacional Serra dos Órgãos

Aluna do curso de graduação em medicina do Unifeso

Referências

Montenegro CAB, Filho, JR. Gravidez Gemelar. In: Montenegro CAB, Filho, JR. Rezende

Obstetrícia. 13ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. P. 627 – 58.

Cunningham FG, Kenneth JL, Bloom SL, Hauth, JC, Rouse DJ, Spong CY. Gestação

Múltipla. In: Cunningham FG, Kenneth JL, Bloom SL, Hauth, JC, Rouse DJ, Spong CY.

Obstetrícia de Williams. 23ª Ed. São Paulo: AMGH Editora, 2012. P. 859 – 89.

Coelho PBA. Determinantes da Morbimortalidade Perinatal na Gravidez Gemelar

[Disseratação de Mestrado]. Rio de Janeiro: Instituto Fernandes Figueira – Fundação Oswaldo

Cruz; 2011.

Chauhan SP, Scardo JA, Hayes E, Abuhamad AZ, Berghella V. Twins: Prevalence, Problems

and Preterm Births. Am J Obstet Gynecol. 2010 Ago; 203(4): 305-15.

Ayres A, Johnson TRB. Management of Multiple Pregnancy: Labor and Delivery. Obstetrical

and Gynecological Survey. 2005; 60(8): 550-4.

Ministério da Saúde (BR), DATASUS, SINASC, Informações de Saúde (TABNET),

Estatísticas Vitais, Nascidos Vivos 1994-2016. Brasil. Disponível em:

http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0205&id=6936&VObj=http://tabnet.dat

asus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nv Acesso em 14.11.2018.

Oliveira SA, Junior JE. Complicações Fetais Na Gemelaridade Monocoriônica: Quadro

Clínico, Fisiopatologia, Diagnóstico e Conduta. Femina. 2014 Mar-Abr 42(2): 95-100.

Universidade Federal do Rio de Janeiro (Maternidade Escola). Gemelaridade. Protocolo de

Obstetrícia. Disponível em:

http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/obstetricia/gemelidade.pdf Acesso em 23.08.18.

De Sá RAM, Da Silva NC, De Rezende KRF. Gestação Gemelar: Problemas em Dobro?

Femina. 2008 Dez; 36(12): 749-55. Disponível em: https://docplayer.com.br/37794572-Resumo-

abstract-gestacao-gemelar-problemas-em-dobro-atualizacao-twin-pregnancy-twice-the-

problems.html

Royal College of Obstetricians and Gynecologists (RCOG). Multiple Pregnancy: The

Management of Twin and Triplet Pregnancies in the Antenatal Period. 1ª Ed. Londres: RCOG

Press; 2011.

Liao A. Gestação Gemelar. In: Urbanetz, AA. Ginecologia e obstetrícia Febrasgo para o

médico residente. 1ª Ed. Barueri: Manole, 2016. P. 1170-81.

De Souza ECC. Avaliação das Condições ao Nascer e Complicações em Recém-Nascidos

Gemelares Segundo a Ordem de Nascimento [Trabalho de Conclusão de Curso]. Florianópolis:

Universidade Federal de Santa Catarina; 2008.

American College of Obstetricians and Gynecologists. Multiples: When It’s Twins, Triplets,

or More. In: American College of Obstetricians and Gynecologists. Women’s Health. 2014. P.

-374.

Miller J, Chauhan SP, Abuhamad AZ. Discordant Twins: Diagnosis, Evaluation and

Management. Am J Obstet Gynecol. 2012 Jan; 206(1): 10-20.

De Oliveira TG, Freire PV, Moreira FT, De Moraes JSB, Arrelaro RC, Rossi S, et al. Escore

de Apgar e mortalidade neonatal em um hospital localizado na zona sul do município de São

Paulo. Einstein. 2012; 10(1): 22-8.

Secretaria de Saúde do Estado (PR). Caderno de Atenção à Saúde da Criança Recém-

Nascido de Risco. Paraná: Secretaria de Saúde do Estado.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações

Programáticas Estratégicas. Atenção à Saúde do Recém-Nascido: Guia para os Profissionais de

Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

Downloads

Publicado

2019-04-05

Edição

Seção

Saúde da Mulher