USO DE FÁRMACOS NA TERAPÊUTICA DE HEPATOPATIAS ALCOÓLICAS

Autores

  • Larissa Moreira UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos
  • Gabriel Jardim UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos
  • Camila Barbosa UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos
  • Deborah Salgado UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos
  • Gabriela Basílio UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos
  • Jade Penha UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos
  • Carlos Nunes UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos

Resumo

Introdução: O uso abusivo de álcool constitui-se como uma das causas mais comuns de hepatopatia, podendo evoluir para três formas: a esteatose-hepática, a hepatite e a cirrose, sendo a fibrose a base fisiopatológica desta última. Em sua evolução a hepatopatia alcoólica pode cursar com sintomas como icterícia, febre e hepatomegalia dolorosa, não raramente associadas a um quadro gripal de perda de peso e indisposição. Apesar das predisposições genéticas já averiguadas, outros fatores como o sexo feminino e a dose consumida são contribuintes para o desenvolvimento da lesão. Além disso, encontra-se no paciente alcoolista, uma dificuldade em reconhecer a doença que ele possui, sendo este um dos focos para o seu tratamento. Objetivo: Os estudos comprovam que o álcool é um dos maiores responsáveis pela incidência de doença hepática em todo o mundo, além de apresentar efeitos deletérios psicossociais, influenciando atitudes, personalidade, se tornando um problema de saúde pública. Hoje, é oferecida pelo sistema de saúde uma terapia multidisciplinar, que engloba o tratamento da dependência e da doença orgânica, especialmente da doença hepática alcoólica, caracterizada por três diferentes estágios: esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose. A evolução dessa doença é dose e tempo dependente, por isso a preocupação com a dependência, visto que o passo mais difícil no processo terapêutico é o indivíduo se reconhecer alcoolista e necessitado de intervenção. Método: A revisão sistemática de cento e noventa e sete artigos apresentou avaliação de medicamentos, frequência em grupos de autoajuda, público alvo da terapia e a eficácia desses métodos na prevenção e tratamento da doença hepática alcoólica. Resultados: pessoas que fizeram tratamento farmacológico tendem a ter crises de abstinência e percentual de recaída com menor frequência em relação a outros métodos. Conclusão: Tornou-se evidente o auxílio de medicamentos no tratamento e a prevenção de possíveis doenças, principalmente quando há consciência dos danos do álcool a curto e longo prazo e do valor do tratamento a fim de reduzir danos futuros.

 

Biografia do Autor

Larissa Moreira, UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos

Aluna da graduação do Curso de Medicina do Centro Educacional Serra dos Orgãos

Gabriel Jardim, UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos

Aluno da graduação do Curso de Medicina do Centro Educacional Serra dos Orgãos

Camila Barbosa, UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos

Aluna da graduação do Curso de Medicina do Centro Educacional Serra dos Orgãos

Deborah Salgado, UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos

Aluna da graduação do Curso de Medicina do Centro Educacional Serra dos Orgãos

Gabriela Basílio, UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos

Aluna da graduação do Curso de Medicina do Centro Educacional Serra dos Orgãos

Jade Penha, UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos

Aluna da graduação do Curso de Medicina do Centro Educacional Serra dos Orgãos

Carlos Nunes, UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos

Professor e Orientador da graduação do Curso de Medicina do Centro Educacional Serra dos Orgãos

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Publicado

2019-04-05

Edição

Seção

Saúde do Adulto e do Idoso