HIPERTENSÃO INTRACRANIANA NO TCE: SOLUÇÃO SALINA HIPERTÔNICA VS. MANITOL
Resumo
Introdução: A hipertensão intracraniana constitui-se na elevação quantitativa de conteúdo intracraniano, seja decorrente de edema ou hemorragia. Está comumente associada aos traumas cranioencefálicos, os quais são responsáveis por cerca de 30% das mortes desencadeadas por trauma. É necessário a compreensão da terapêutica mais adequada para o manejo da hipertensão intracraniana, que vise menor índice de complicações e, consequentemente, melhor prognóstico. Objetivo: Expor o mais adequado agente hiperosmolar na terapêutica da hipertensão intracraniana decorrente do trauma cranioencefálico, bem como comparar individualmente a utilização do manitol e da solução salina hipertônica. Métodos: No PubMed, base de dados de escolha, foram utilizados os seguintes descritores, craniocerebral trauma AND saline solution, hypertonic AND mannitol, para busca, tendo sido encontrados 26 artigos. Em seguida, os filtros “5 years”; “humans” foram aplicados totalizando 22 artigos dentre os quais apenas 15 se encaixaram na proposta do estudo. Discussão: Embora exista a concordância de alguns estudos quanto à eficácia similar entre os dois medicamentos, outras fontes mostraram superioridade da SSH. Esta, por sua vez, quando em comparação com o manitol, mostrou maior redução da PIC. Conclusão: Dos agentes hiperosmolares tratados nesse artigo, o manitol apresenta-se como mais difundido nos serviços de saúde pelo mundo. No entanto, estudos anteriores demonstraram pelo menos similaridade da eficácia da SSH ao manitol, quando não é superior.
Descritores: traumatismo cranioencefálico; solução salina hipertônica; manitol; hipertensão intracraniana
Referências
- Mangat HS. Hypertonic saline infusion for treating intracranial hypertension after severe traumatic brain injury. 2018.
- Purdy E, et al. SGEM Hot Off the Press: hypertonic saline in severe traumatic brain injury: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Canadian Journal of Emergency Medicine. 2016. V. 18, no. 5, p. 379-384.
- Mangat HS, et al. Hypertonic saline reduces cumulative and daily intracranial pressure burdens after severe traumatic brain injury. Journal of neurosurgery. 2015. V. 122, no. 1, p. 202-210.
- Roumeliotis N, et al. Hyperosmolar therapy in pediatric traumatic brain injury: a retrospective study. Child's Nervous System. 2016. V. 32, no. 12, p. 2363-2368.
- Roquilly A, et al. COBI (COntinuous hyperosmolar therapy for traumatic Brain-Injured patients) trial protocol: a multicentre randomised open-label trial with blinded adjudication of primary outcome. BMJ open. 2017. V. 7, no. 9, p. e018035.
- Li M, et al. Comparison of equimolar doses of mannitol and hypertonic saline for the treatment of elevated intracranial pressure after traumatic brain injury: a systematic review and meta-analysis. Medicine. 2015. V. 94, no. 17.
- Mangat HS, Hartl R. Hypertonic saline for the management of raised intracranial pressure after severe traumatic brain injury. Annals of the New York Academy of Sciences. 2015. V. 1345, no. 1, p. 83-88.
- Burgess S, et al. A systematic review of randomized controlled trials comparing hypertonic sodium solutions and mannitol for traumatic brain injury: implications for emergency department management. Annals of Pharmacotherapy. 2016. V. 50, no. 4, p. 291-300.
- Alnemari AM, et al. A comparison of pharmacologic therapeutic agents used for the reduction of intracranial pressure after traumatic brain injury. World neurosurgery. 2017. V. 106, p. 509-528.
- Jagannatha AT, et al. An equiosmolar study on early intracranial physiology and long term outcome in severe traumatic brain injury comparing mannitol and hypertonic saline. Journal of Clinical Neuroscience. 2016. V. 27, p. 68-73.
- Shein SL, et al. Effectiveness of pharmacological therapies for intracranial hypertension in children with severe traumatic brain injury–results from an automated data collection system time-synched to drug administration. Pediatric critical care medicine: a journal of the Society of Critical Care Medicine and the World Federation of Pediatric Intensive and Critical Care Societies. 2016. V. 17, no. 3, p. 236.
- Colton K, et al. Intracranial pressure response after pharmacologic treatment of intracranial hypertension. Journal of Trauma and Acute Care Surgery. 2014. V. 77, no. 1, p. 47-53.
- Pasarikovski CR, et al. Hypertonic saline for increased intracranial pressure after aneurysmal subarachnoid hemorrhage: a systematic review. World neurosurgery. 2017. V. 105, p. 1-6.
- Wang H, et al. The effect of hypertonic saline and mannitol on coagulation in moderate traumatic brain injury patients. The American journal of emergency medicine. 2017. V. 35, no. 10, p. 1404-1407.
- Rickard AC, et al. Salt or sugar for your injured brain? A meta-analysis of randomised controlled trials of mannitol versus hypertonic sodium solutions to manage raised intracranial pressure in traumatic brain injury. Emerg Med J. 2014. V. 31, no. 8, p. 679-683.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
AUTORES QUE PUBLICAM NESTA REVISTA CONCORDAM COM OS SEGUINTES TERMOS:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à Editora UNIFESO o direito de primeira publicação em qualquer de suas revistas, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e da publicação inicial em qualquer das revistas desta Editora.
- Autores concedem à Editora UNIFESO o direito de publicar qualquer versão do trabalho, seja em formato escrito ou em formato áudio-visual, em qualquer de suas revistas ou em sites com os quais mantenha parceria científica.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada pela Editora UNIFESO (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial em qualquer das revistas da Editora UNIFESO.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
DECLARAÇÃO DE NÃO PLÁGIO
- O(s) Autor(es) declara(m) que o trabalho submetido para avaliação e publicação nas Revistas da Editora UNIFESO foi por ele(s) escrito, ou em co-autoria, e não constitui plágio de outros estudos existentes na literatura pública ou privada.
- Declara(m), também, que as citações, diretas ou indiretas, assim como tabelas, gráficos, fotografias e idéias obtidas em diferentes publicações e utilizadas no presente trabalho, estão corretamente referenciadas.
- Declara(m) ciência que a utilização de material de terceiros sem a devida citação e autorização, quando esta for necessária, constitui crime previsto na legislação brasileira, ou internacional da qual o Brasil seja signatário, e responsabiliza(m)-se civil e criminalmente por atos ilegais decorrentes desta submissão.