SULFATO DE MAGNÉSIO NO TRATAMENTO DE PRÉ-ECLAMPSIA

Autores

  • Lívia Vargas Fabbri Centro Universitário Serra dos Órgãos - UNIFESO
  • Giovana Polido
  • Ana Paula Santos
  • Carlos Eduardo Périssé
  • Luis Alfonso Rodriguez Charry
  • Ana Paula Esteves
  • Fabrício Almeida

Resumo

Introdução: As síndromes hipertensivas na gestação representam a terceira causa de mortalidade materna no mundo. Entre elas pré-eclâmpsia e eclampsia merecem destaque, em função da importância de suas complicações geradas no binômio mãe-filho. A pré-eclâmpsia consiste em uma condição sistêmica que se manifesta como o aparecimento de níveis pressóricos característicos de hipertensão arterial após a vigésima semana de gestação, em mulheres consideradas previamente normotensas, estando essa condição associada à presença de proteinúria. O foco do estudo se deu na recomendação a respeito da utilização de sulfato de magnésio por diversas diretrizes internacionais para a prevenção da eclâmpsia em gestantes com pré-eclâmpsia, especialmente quando é grave. Objetivos: Verificar a influência do sulfato de magnésio no tratamento e prevenção da eclampsia, avaliando o risco-benefício em comparação a outros anticonvulsivantes. Além de descrever a melhor via e dosagem para o uso do sulfato de magnésio. Métodos: As bases de dados utilizadas foram: Cochrane, PubMed e MEDLINE. Foram utilizadas as palavras-chave “magnesium sulphate” e “pre-eclampsia” e selecionados os artigos mais pertinentes para o artigo em questão. Resultados: Quando comparado com outros medicamentos anticonvulsivantes como a fenitoína, o sulfato de magnésio revela um prognóstico muito melhor com relação ao aparecimento e recidiva de convulsões.  Esses resultados fazem crer que as convulsões em pacientes com eclampsia possuem fundamentos fisiopatológicos distintos com relações a crises convulsivas em pacientes com epilepsia. Atualmente sabe-se que nenhum tratamento é mais eficaz do que a interrupção da gestação em pacientes com pré-eclâmpsia grave, eclampsia e síndrome HELLP, porém antes do parto é fundamental que a paciente seja estabilizada com sulfato de magnésio por 4 a 6h, sendo essa medicação utilizada apenas se houver da decisão para o parto. No entanto, pelo risco envolvido de possibilidade de intoxicação por sulfato de magnésio, é fundamental a observação de alguns parâmetros clínicos. Entretato, por meio de uma revisão de literatura em um total de 24 estudos, pode-se inferir que o risco de intoxicação por esse medicamento é de baixa prevalência entre as pacientes estudadas. O esquema de Pritchard o preferido, atualmente, para casos de eclampsia e pré-eclâmpsia grave, sendo constituído por dose de ataque de 4 g intravascular em associação a 10 g intramuscular, seguida pela dose de manutenção de 5 g intramuscular a cada 4 horas. Conclusão: Por conseguinte, a prevenção à ocorrência de convulsões e o tratamento das mesmas se faz um importante mecanismo para redução dos altos índices de óbitos em gestantes. Para tal, o uso do sulfato de magnésio (MgSO4) provou ser mais eficiente do que os anticonvulsivantes clássicos como a fenitoína e benzodiazepínicos. Portanto, pode-se afirmar que o sulfato de magnésio teve um impacto significativo em todo o ramo obstétrico.

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Publicado

2020-04-14

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Artigos