VAGINOSE BACTERIANA: FATOR DE RISCO NO PARTO PREMATURO

Autores

  • Eduardo Vargas Fabbri Ferreira UNIFESO
  • Mariana De Oliveira Santos UNIFESO
  • Karina Pinto De Oliveria UNIFESO
  • Júlia Bergianti Machado de Carvalho UNIFESO

Resumo

Introdução: Afecção que reduz a quantidade de Lactobacillus sp resultante do aumento de microrganismos anaeróbios, a vaginose bacteriana (VB) aparenta possuir relação com a prematuridade. Embora não elucidada completamente, a relação entre VB e parto pré-termo requer cuidado na abordagem, tendo em vista que este é a principal causa de morbimortalidade de recém-nascidos. Objetivos: Apresentar a influência da vaginose bacteriana no desfecho dos partos pré-termo, a sua epidemiologia no Brasil e comparar as complicações encontradas na literatura com as descritas no DATASUS. Métodos: Revisão bibliográfica com busca nas bases: Scielo, MedLine, Google Acadêmico e livros de ginecologia e obstetrícia. Foram incluídas fontes que abordam o tema em português ou inglês e coletados dados no DATASUS sobre complicações no Brasil, alocados em tabela e trabalhados como porcentagens. Resultados e discussão: A gestante com vaginose bacteriana possui maiores chances de ter parto pré-termo. Essa condição pode ocorrer em todas, mesmo as de baixo risco, e por isso é necessário o rastreamento nos exames pré-natal. A triagem rotineira amplia o rastreamento do número de positividade, e em estudo retrospectivo, as gestantes com vaginose bacteriana não tratadas tiveram 4 vezes mais trabalho de parto pré termo em relação às que obtiveram sucesso no tratamento. Conclusão: Os agentes etiológicos estão associados ao aumento do risco de trabalho de parto prematuro e prematuridade. Assim, a triagem rotineira é um meio de ter maior alcance às gestantes positivas e instituir a terapia adequada e precoce, reduzindo as taxas de morbimortalidade entre os recém-nascidos.

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Publicado

2020-04-14

Edição

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Artigos