PROFILAXIA E TRATAMENTO PARA A ATONIA UTERINA. MISOPROSTO X OCITOCINA

Autores

  • Hertio Braz Centro Educacional Serra dos Órgãos - UNIFESO
  • marcela ruas Centro Educacional Serra dos Órgãos - UNIFESO
  • bernardo paixão morales Centro Educacional Serra dos Órgãos - UNIFESO
  • camila valentin telles Centro Educacional Serra dos Órgãos - UNIFESO
  • kaique de souza caetano Centro Educacional Serra dos Órgãos - UNIFESO
  • gabriela vieira costa Centro Educacional Serra dos Órgãos - UNIFESO
  • gustavo gama professor titular da disciplina de ginecologia do Centro Educacional Serra dos Órgãos - UNIFESO

Resumo

Introdução: A atonia uterina é definida como sendo um estado de contratilidade inadequada da musculatura uterina no período de pós-parto imediato e representa 80% dos casos de hemorragia pós-parto (HPP). No Brasil ocorreram 16.520 óbitos maternos, com taxa de mortalidade materna de 54,83 óbitos para cada 100.000 nascidos vivos, sendo a hemorragia pós-parto a quarta principal causa. Objetivos: Apresentar brevemente os benefícios do misoprostol e ocitocina na profilaxia e tratamento da hemorragia pós-parto decorrente há atonia uterina e traçar um comparativo entre o misoprostol e a ocitocina. Métodos: Revisão bibliográfica, cujo levantamento de referências ocorreu entre os meses de fevereiro a abril de 2019. Foi realizada busca nas fontes LILACS, The Lancet, Scielo, MedLine, e Google Acadêmico, empregando-se os termos: atonia uterina; profilaxia para atonia uterina; hipotonia uterina; misoprostol; prevenção para atonia uterina e seus correspondentes em inglês, Uterine atony; Prophylaxis for uterine atoniy; uterine hypotonia; Misoprostol. Os critérios de inclusão foram: artigos em inglês, português e espanhol cujas abordagens contivessem aspectos pertinentes ao trabalho, com ano de publicação entre 2000 e 2018. Foram descartadas as fontes que não continham conteúdo adequado para a confecção deste trabalho. Foram utilizadas 15 referências bibliográficas. Resultados e discussão: A utilização de uterotônicos para a profilaxia da HPP e recomendada por vários artigos e diretrizes. A ocitocina é a droga de primeira escolha, sendo aconselhado a administração suplementar de outros uterotônicos em caso de HPP. O misoprostol obteve efeito uterotônico semelhante ao da ocitocina, porém, com surgimento de efeitos colaterais leves. Conclusão: O misoprostol se mostrou tão eficaz quanto a ocitocina com relação a ação uterotônica, com baixa incidência de efeitos colaterais, porém, sendo autolimitados. Com isso concluímos que o uso do misoprostol possui efeito satisfatório no controle de perda sanguínea sem grandes desconfortos para as pacientes, se mostrando como mais uma opção de escolha para o obstetra.

Biografia do Autor

Hertio Braz, Centro Educacional Serra dos Órgãos - UNIFESO

Alunodo Curso de Graduação em Medicina do UNIFESO

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Publicado

2020-04-14

Edição

Seção

Artigos