PERSISTÊNCIA DO CONDUTO ONFALOMESENTÉRICO

Autores

  • Victoria Gabarron Castello Branco UNIFESO
  • Carla Eliane Carvalho Sousa UNIFESO
  • Flávio Eduardo Frone Morgado UNIFESO

Resumo

Introdução: A persistência do conduto onfalomesentérico (COM) decorre da não involução do ducto onfalomesentérico e resulta na fixação tubular persistente entre o íleo e a parede abdominal. A absorção incompleta do ducto onfalomesentérico resulta nas anomalias mais comuns do trato gastrointestinal. O diagnóstico é feito através da canulação do orifício de drenagem com ou sem contraste. O tratamento é cirúrgico através da excisão do COM. Objetivo: Relatar um caso de persistência do conduto onfalomesentérico, patologia rara e de diagnóstico diferencial com outras enfermidades mais prevalentes. Métodos: As informações contidas neste relato foram obtidas por meio de revisão do prontuário e registro fotográfico do paciente durante sua internação no Hospital Federal da Lagoa (HFL) e submetido ao Cômite de Ética e Pesquisa (CEP) do Unifeso. A revisão de literatura utilizou palavras chaves, como “omphalomesenteric duct”, as bases de dados PubMed e EBSCOhost, e livros. Relato de caso: Lactente com alteração da coloração e do aspecto do coto umbilical diagnosticado com onfalite na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, posteriormente, encaminhado ao HFL onde foi feito o diagnóstico e tratamento de persistência do conduto onfalomesentérico (COM). Conclusões: Conclui-se que a persistência do COM é uma patologia rara e pouco conhecida. Deve ser considerada sempre que houver descarga umbilical persistente. O diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para evitar complicações como a sepse.

 

Biografia do Autor

Carla Eliane Carvalho Sousa, UNIFESO

Professora do Curso de Medicina do UNIFESO

Flávio Eduardo Frone Morgado, UNIFESO

Professor do Curso de Medicina do UNIFESO

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Publicado

2020-11-04

Edição

Seção

Artigos