ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA INCIDÊNCIA DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NA POPULAÇÃO BRASILEIRA
Resumo
INTRODUÇÃO:A síndrome coronariana aguda (SCA) abrange um espectro de manifestações clínicas e laboratoriais de isquemia miocárdica aguda. O estudo do infarto agudo do miocárdio (IAM) é fundamental pela alta prevalência, mortalidade e morbidade da doença, sendo a primeira causa de mortes no País. OBJETIVO: Associar os fatores modificáveis e não modificáveis do IAM, apresentar um perfil epidemiológico para os pacientes acometidos e determinar preditores dos desfechos analisados. METODOLOGIA: Foram feitas pesquisas eletrônicas nas bases de dados PUBMED, do Scielo, e no DATASUS. RESULTADOS:A maior ocorrência de IAM deu-se na faixa entre 60 e 80 anos, mais prevalente em homens, porém as mulheres se apresentam mais idosas ao diagnóstico. Os fatores de risco mais implicados foram o sedentarismo, HAS, estresse, circunferência abdominal alterada, história familiar positiva, tabagismo, sobrepeso, obesidade, dislipidemia, diabetes mellitus e consumo de álcool. Afaixa etária economicamente ativa da população correspondia a 51,4% dos casos.A taxa de mortalidade por IAM para o município do Rio de Janeiro foi de 62,4 casos por 100 mil habitantes. Homens apresentaram taxas mais elevadas que as mulheres. Cerca de 42% dos óbitos masculinos por IAM ocorreram antes dos 65 anos de idade, enquanto nas mulheres 22,7%. A idade média de morte por IAM foi de 67 anos para homens e 75 para as mulheres. CONCLUSÃO: Através da revisão realizada, foi possível confirmar asuposição de que homens e mulheres podem ter diferentes história natural no infarto agudo do miocárdio, sendo a mulher uma forma mais agressiva, com alta letalidade.
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