ASSOCIAÇÃO DE PREDITORES DE DOENÇA CARDIOVASCULAR EM GESTANTES: UM ESTUDO LONGITUDINAL

Autores

  • Rosiane F. S. Abreu UNIFESO
  • Lucia B. Oliveira UNIFESO
  • Luciana N. Barros UNIFESO
  • Marco B. A. M. Ferreira UNIFESO
  • Wolney A. Martins UNIFESO
  • Nélio S. Souza UNIFESO
  • Vania G. S. Lopes UNIFESO
  • Gesmar V. H. Herdy UNIFESO

Resumo

Fundamentos: Cerca de 1/3 das mortes por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil ocorre por doenças cardiovasculares (DCV), sendo essas associadas com maiores índices de complicações gestacionais. Objetivos: Estimar a prevalência dos fatores de risco cardiovascular (FRCV) em gestantes atendidas na atenção básica em Teresópolis(RJ)/Brasil e quantificá-los naquelas com complicações gestacionais. Métodos: Estudo longitudinal, entre 2014-2015, em amostra de conveniência, com gestantes de 18 anos ou mais e idade gestacional até 20 semanas, sem DCV. Utilizou-se formulário estruturado contendo características demográficas, pesquisa de FRCV, dados dos prontuários e laboratoriais. Foram identificadas complicações no término gestacional. Análise foi realizada a partir do programa IBM SPSS Statistics (versão 21.0), adotou-se nível de significância de 5%. Resultados: Cinquenta e sete gestantes com média de idade de 26,2 ± 6,8 anos. Os FRCV identificados, por ordem decrescente de prevalência: sedentarismo, dislipidemia, sobrepeso, obesidade, tabagismo, história familiar de hipertensão (HF de HAS), de diabetes (HF de DM) e de doença coronária (HF de DAC). Houve uma tendência de que, gestantes com HF de HAS, DM e DAC tiveram maior risco de ter complicações na gestação, assim como, mulheres que exibiram maiores níveis de colesterol e triglicerídeos. Gestantes com peso normal apresentaram médias menores de complicações (1,08 ± 0,27; p = 0,001) do que as mulheres que não tinham peso normal (1,37 ± 0,49). Conclusões: Identificou-se prevalência de FRCV em todas as gestantes. As mulheres que apresentaram complicações possuíam pelo menos três preditores associados, demonstrando a importância de um rastreio precoce para DCV nessa população.

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Publicado

2019-06-03

Edição

Seção

Artigos