A “CRISE DE REPRODUTIBILIDADE” COMO AGENTE DE MUDANÇA DO PARADIGMA DA PESQUISA PRÉ-CLÍNICA.
Resumo
Introdução: Nos Estados Unidos da América (EUA), cerca de US $ 28 bilhões são gastos por ano em pesquisas não reproduzíveis. O custo para a indústria biofarmacêutica na reprodução e validação de novos fármacos em estudos acadêmicos, geram gastos que variam entre US $ 500,000 a US $ 2 milhões e cerca de 3 a 24 meses de trabalho. A baixa reprodutibilidade dos estudos pré-clínicos abalam a confiança pública, os próprios pesquisadores, e agentes financiadores de instituições de pesquisa. Em 2016, 90% dos 1.576 cientistas entrevistados, concordaram que havia uma crise “leve” ou “significativa” na pesquisa pré-clínica. Setenta por cento dos respondentes afirmaram não ter conseguido reproduzir o experimento de outros cientistas, e 52% não conseguiram reproduzir seus próprios experimentos. Neste cenário, a Fundação John Arnold financiou uma bolsa fundadora para o Centro de Inovação de Meta-Pesquisa (METRICS) na Universidade de Stanford, com objetivo de gerar evidências para o fortalecimento da pesquisa. Objetivos: Proceder a uma análise crítica da “crise de reprodutibilidade”, quanto as suas origens, significado e desdobramentos. Métodos: Realizou-se uma análise das publicações indexadas na base dados MEDLINE, nos últimos dez anos, associando os seguintes descritores na língua inglesa: “reproducibility crisis”. Resultados: Do total de 111 publicações, obtiveram-se 18 publicações, validadas pela correlação com o tema. Conclusões: Embora os desafios para a ciência reproduzível sejam de natureza sistêmica e cultural, a atual “crise da reprodutibilidade” deve ser encarada como uma oportunidade de mudar o paradigma da pesquisa pré-clínica.Descritores: Reprodutibilidade dos resultados; Diretrizes; Pesquisa médica translacional.
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Publicado
2019-12-13
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Artigos
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