INQUÉRITO EM PACIENTES SUBMETIDAS A EPISIOTOMIA OU COM LACERAÇÕES PERINEAIS
Resumo
Introdução: A episiotomia é o procedimento cirúrgico eletivo mais comum na Obstetrícia. É realizada em muitos países como rotina, apesar das evidências científicas atuais não suportarem esta prática. Quando rotina tem objetivo de evitar injúria ao esfíncter anal, trauma perineal, prolapso genital e incontinência urinária e fecal, acelerar o parto e reduzir o risco de trauma neonatal.Objetivos: Comparar a não opção pela episiotomia, correndo risco de lacerações do trajeto e a dor perineal no pós-parto imediato. Métodos: foram aplicados questionários em 131 pacientes nas primeiras horas pós-parto. Um grupo havia realizado episiotomia e o outro, sem a cirurgia, cursou com lacerações perineais. Perguntas sobre o conhecimento da episiotomia, e aplicação de escala de dor já reconhecida pela literatura. Resultados: podemos observar que o percentual de pacientes que sabiam o motivo da episiotomia foi muito baixo (26%), demonstrando uma falha muito grande no pré-natal. Outro fato é que somente 15% das pacientes foram questionadas sobre o desejo de realizar a episiotomia. Além disso a metade das pacientes receberam informações sobre as indicações da cirurgia durante o período expulsivo. Quanto ao componente álgico perineal, ficou claro que o desconforto é três vezes maior no grupo episiotomia, apesar das complicações graves no trajeto mole serem bem mais comuns no grupo onde se abriu mão da mesma. Conclusão: Evidenciou-se que a episiotomia deve ser restrita a casos especiais, mas não devemos esquecer que a dispareunia, a incontinência urinária e o prolapso genital podem aparecer no futuro das mulheres que não realizaram a episiotomia.
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Publicado
2020-12-15
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Seção
Artigos
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