Romiplostim no Tratamento da Púrpura Trombocitopênica Idiopática

Autores

  • Carlos Eduardo Russo de Andrade Périssé Faculdade de Medicina de Teresópolis - FMT, Centro Universitário Serra dos Órgãos - UNIFESO
  • Márcio Niemeyer Martins de Queiroz Guimarães Faculdade de Medicina de Teresópolis - FMT, Centro Universitário Serra dos Órgãos - UNIFESO

Resumo

Introdução: A púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) é uma doença hemorrágica adquirida, secundária à destruição precoce de trombócitos mediada por autoanticorpos e à inibição da liberação megacariocítica das plaquetas. O romiplostim é uma proteína recombinante estimuladora da trombopoese. Um fármaco que causa um aumento seguro e rápido na contagem de plaquetas possibilita o oferecimento de tratamento a pacientes refratários ao tratamento convencional ou recidivantes. Além disso, ao eliminar a transfusão de plaquetas (TP), confere muitos benefícios aos pacientes, como redução das complicações relacionadas à TP e atendimento às necessidades de pacientes que rejeitam essas transfusões, como as Testemunhas de Jeová. Objetivo: Analisar a efetividade da utilização do romiplostim como tratamento para a PTI. Métodos: Esta revisão sistemática da literatura foi realizada mediante a utilização dos seguintes descritores do tesauro Medical Subject Heading (MeSH): “romiplostim”, “purpura” e “adult”, pesquisados na plataforma PubMed® (base de dados MEDLINE®). Seguindo os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 6 artigos. Destes, 3 eram ensaios clínicos controlados randomizados (ECRs) e 3 eram revisões sistemáticas com metanálise (RSMs). Resultados: Os dois ECRs, e as três RSMs, que avaliaram a eficácia – manifesta principalmente pelas respostas plaquetárias – e a segurança do romiplostim no tratamento da PTI, demonstraram segurança e eficácia estatisticamente significativas. O ECR que avaliou mudanças na qualidade de vida (QV) relacionada à saúde no tratamento da PTI, demonstrou melhora da QV associada ao tratamento com o romiplostim. Conclusão: O romiplostim é efetivo e seguro no tratamento da PTI, proporcionando mais QV aos pacientes que fazem uso deste medicamento.

Biografia do Autor

Carlos Eduardo Russo de Andrade Périssé, Faculdade de Medicina de Teresópolis - FMT, Centro Universitário Serra dos Órgãos - UNIFESO

Discente do Curso de Graduação em Medicina do UNIFESO.

Diretor Vice-Presidente da Liga de Otorrinolaringologia de Teresópolis (LORLT).

Sócio da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).

Membro da American Academy of Neurology (AAN) - Minnesota, EUA.

Membro da European Academy of Neurology (EAN) - Viena, Áustria.

Márcio Niemeyer Martins de Queiroz Guimarães, Faculdade de Medicina de Teresópolis - FMT, Centro Universitário Serra dos Órgãos - UNIFESO

Médico, CRM-RJ 62361-0, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro [UFRJ, 1996] e residência médica em Medicina Intensiva [UFRJ, 2001]. Atua como médico da UTI e do Núcleo de Cuidados Paliativos do Hospital Federal dos Servidores do Estado [HFSE-MS] e do Hospital Samaritano-Botafogo [UnitedHealth Group Brasil]. Professor Adjunto da Faculdade de Medicina da UNIFESO, Teresópolis. Doutor em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva pela ENSP/Fiocruz [PPGBIOS 2014-2018], com Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior entre abril e julho de 2017 no Instituto de Bioética da Universidade Católica Portuguesa, Porto [PDSE-CAPES Processo 88881.134394/2016-01]. Mestre em Medicina, área Clínica Médica, setor Terapia Intensiva [UFRJ, 2004]. Mestrado em Cuidados Paliativos pelo Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa [em curso]. Áreas de interesse: terapia intensiva, geriatria, cuidados paliativos e de fim de vida, bioética onde envolvem o paciente crônico crítico e a tomada de decisão. Mestrado Integrado em Medicina, com tese defendida na área de Geriatria pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar [Universidade do Porto, Portugal 2011] (equivalência do diploma médico). Registro 10/2017 [exercício autônomo], cédula profissional n. 65.162, na Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos de Portugal. Especialização Pós Lato-sensu em Medicina Paliativa pelo Instituto Paliar [São Camilo, 2013]. Especialização Pós Lato-sensu em Geriatria pela Universidade Federal de São Paulo [DIGG-UNIFESP, 2009] e em Gerontologia, área de concentração Geriatria [Universidade Candido Mendes, UCAM-RJ 2005]. MBA em Gestão em Saúde [Fundação Getúlio Vargas-RJ 2007] e Pós Lato-sensu em Autogestão em Saúde [ENSP/Fiocruz-RJ 2007]. Título de Especialista pela AMB-AMIB em Medicina Intensiva RQE 8.159 com Certificado de Área de Atuação em Medicina Paliativa RQE 24.472, e pela AMB-SBCM em Clínica Médica RQE 10.992 com Certificado de Área de Atuação em Medicina de Urgência RQE 24.473. Certificado pelo Programa Acadêmico em Geriatric and Palliative Medicine do Mount Sinai School of Medicine, New York [2012]. Fellow da Sociedade Americana de Geriatria - American Geriatrics Society Fellow [AGSF 2016].

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Publicado

2022-08-30