COMPARAÇÃO ENTRE TRATAMENTO CIRÚRGICO E CONSERVADOR PARA APENDICITE AGUDA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores

  • MARIANA DA CRUZ CAMPOS Serra dos Órgãos University Center (School of Medicine), Teresópolis (RJ), Brazil
  • ALINE SARDOW PEREIRA Serra dos Órgãos University Center (School of Medicine), Teresópolis (RJ), Brazil
  • ISABELLA TRIANI FIALHO Serra dos Órgãos University Center (School of Medicine), Teresópolis (RJ), Brazil
  • NILTON FERNANDES IORIO DOS SANTOS Serra dos Órgãos University Center (School of Medicine), Teresópolis (RJ), Brazil
  • HIGOR MEIRELES LOPES DE MARINS Serra dos Órgãos University Center (School of Medicine), Teresópolis (RJ), Brazil
  • EDUARDO TRIANI ALVAREZ Serra dos Órgãos University Center (School of Medicine), Teresópolis (RJ), Brazil
  • DANIEL NEGRINI Serra dos Órgãos University Center (School of Medicine), Teresópolis (RJ), Brazil; Federal University of the State of Rio de Janeiro, Department Of anesthesia, Rio de Janeiro (RJ), Brazil e Fluminense Federal University, School of Medicine, Niteroi (RJ), Brazil.
  • CLAUDIO LUIZ BASTOS BRAGANÇA Serra dos Órgãos University Center (School of Medicine), Teresópolis (RJ), Brazil;
  • ANNA CAROLINA PAP RUBI Serra dos Órgãos University Center (School of Medicine), Teresópolis (RJ), Brazil;
  • ANA CAROLINA BISKER DA COSTA Serra dos Órgãos University Center (School of Medicine), Teresópolis (RJ), Brazil;

Resumo

A apendicite aguda é uma das principais razões para cirurgia abdominal de emergência, culminando em apendicectomia. Contudo, têm sido publicados artigos de ensaios clínicos e revisões sistemáticas analisando o tratamento não cirúrgico da apendicite, indicando que pode ser uma opção viável nos casos não complicados. Mas, no Brasil, na prática, esses casos são quase sempre tratados cirurgicamente, sendo essa uma das intervenções mais realizadas na emergência. Assim, objetivou-se verificar se o tratamento conservador para apendicite aguda já pode ser considerado como substituto do cirúrgico em casos de apendicite aguda não complicada. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, cuja pesquisa foi feita em ensaios clínicos, publicados entre 2017-2022, que comparassem resultados de tratamentos cirúrgicos e conservadores para apendicite aguda. Os bancos de dados foram PubMed, SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde. Foram selecionados 15 artigos, que revelaram ainda haver resultados controversos sobre o tratamento conservador, mas que mesmo assim ele se mostra bastante eficaz em determinados casos. Mesmo que alguns estudos tenham apresentado altas taxas de reincidência, essas não ultrapassaram os 50%. Portanto, foram evitadas mais de 50% de cirurgias que teriam sido desnecessárias, cujo tratamento apenas com antibióticos ofereceu a remissão da doença. O que pode ser observado é que para ter melhor taxas de sucesso com o manejo conservador é preciso estabelecer parâmetros mais robustos de caracterização sobre a população alvo para esse tratamento. Nesse sentido, observou-se que maiores taxas de reincidência estão associadas à presença de apendicolito e de dor intensa relatada pelo paciente na apresentação. Sugere-se que essas características sejam consideradas como fatores de exclusão para a opção pelo tratamento conservador. Por haver taxas significativas de reincidência, não se pode dizer que a abordagem terapêutica seja equivalente a apendicectomia em sucesso de tratamento, mas sim que é uma opção viável e que deve ser considerada.

DOI: 10.29327/2442019.7.1-1

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Publicado

2024-09-04