ANÁLISE QUANTITATIVA DA RECIDIVA DE COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA POSITIVA EM PACIENTES QUE FORAM SUBMETIDAS À CONIZAÇÃO E SEUS FATORES ASSOCIADOS.

Autores

  • Rodrigo Lisboa UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos

Resumo

Introdução: As lesões intraepiteliais de alto grau causadas pelo vírus HPV (papilomavírus humano) tem como arcabouço terapêutico a realização da conização do colo uterino, procedimento cirúrgico que necessita de uma maior avaliação de resultados e adequação no que concerne à quantificação de remissão definitiva ou parcial da infecção pelo HPV, bem como a análise dos fatores que predispõem à recidiva da infecção. Objetivos: Quantificar a taxa de recidiva de lesões pré-neoplásicas no seguimento de mulheres que foram submetidas à conização no ambulatório de patologia cervical do UNIFESO nos anos de 2011 a 2015 e identificar os possíveis desencadeantes desse processo, como status sorológico, margens cirúrgicas e grau de comprometimento epitelial. Métodos: A pesquisa aconteceu de forma retrospectiva, sendo realizada a partir do mês de abril do ano de 2015 com base na análise dos prontuários do ambulatório de patologia cervical do UNIFESO e pela sua descrição em questionário elaborado pelos pesquisadores. Resultados: Foram analisados 419 prontuários do ambulatório de patologia cervical do UNIFESO datados desde 26/04/2011 até 25/06/2015, sendo identificadas 31 mulheres que foram submetidas à conização e, portanto, integradas ao grupo a ser analisado. Conclusão: A análise dos resultados nos permitiu concluir que a conização é um método terapêutico que vem sendo empregado com cada vez mais frequência anual para o controle das lesões causadas pelo HPV e sua efetividade se mostrou positiva resultando em cura para 86% das pacientes que realizaram o seguimento adequado. A literatura aponta como principais causadores de recidiva o comprometimento das margens cirúrgicas e o comprometimento glandular. Com isso, o estudo corrobora com a literatura quando 22% das pacientes tiveram margens comprometidas ao exame, deste total, 100% das mulheres que fizeram seguimento tiveram recidiva no exame de colpocitologia oncótica. Os mesmos resultados foram encontrados para a biópsia do cone com comprometimento glandular. Outra conclusão alarmante foi o de que a maioria das mulheres não faz o seguimento ambulatorial com as colpocitologias oncóticas de controle pós-cone adequadamente.

DESCRITORES: Papillomavírus humano, HPV, Conização, Recidiva infecciosa.

Biografia do Autor

Rodrigo Lisboa, UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos

Graduando do curso de Medicina do UNIFESO

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Publicado

2018-02-23

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Artigos