MELATONINA E GLÂNDULA PINEAL

Autores

  • Fernanda Gugelmin Kasecker UNIFESO
  • Carlos Pereira Nunes UNIFESO

Resumo

Introdução: a melatonina é um hormônio sintetizado pela glândula pineal no período noturno que exerce função em praticamente todos os sistemas do organismo. Dente suas funções, destacam-se: imunomodulação, antiinflamatória, antitumoral e cronobiológica. Pode ser considerada um "tradutor neuroendócrino" responsável por sinalizar o período noturno, apresentando importante papel na sincronização do ritmo circadiano. Suas ações benéficas sobre a qualidade do sono vêm demonstrando grande potencial no tratamento de distúrbios do mesmo. Este trabalho aponta seu papel na cronobiologia, com destaque nos benefícios de sua suplementação terapêutica, principalmente como facilitador do sono. Objetivo: este estudo tem como objetivo revisar a função da melatonina no organismo e suas implicações sobre o sistema cronobiológico em seres humanos, com foco na sua ação sobre o sono. Métodos: nesta revisão literária foram analisados artigos publicados nos últimos 15 anos nos sites de busca PubMed e Scielo, dados publicados pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dos jornais americanos journal of pineal research e jornal of sleep research. Os livros utilizados incluem o Tratado de Endocrinologia Clínica e Medicina da Noite. Conclusões: há sólidas evidências que garantem a eficácia do uso de melatonina - em doses baixas e dependente de fatores ambientais - como um soporífico que aprimora o sono diretamente em 3 aspectos - tempo de latência, propensão a dormir e duração do mesmo. Como resultado, há uma melhora geral na qualidade do sono, garantindo maior sensação de restauração e, consequentemente, melhor funcionalidade no desempenho do dia seguinte. Estes fatores colaboram para o funcionamento adequado do ciclo circadiano mantendo o equilíbrio do organismo através da sincronização de todos os sistemas. 

Biografia do Autor

Carlos Pereira Nunes, UNIFESO

Professor do curso de Medicina do UNIFESO

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Publicado

2017-07-24

Edição

Seção

Artigos