TRANSPLANTE RENAL E UMA NOVA ABORDAGEM: DIABETES MELLITUS PÓS TRANSPLANTE RENAL

Autores

  • Letícia Jardim Junta UNIFESO

Resumo

Introdução: O Transplante Renal é uma das principais escolhas de tratamento da Terapia de Substituição Renal, porém com essa Terapia, pode ocorrer como consequência, o Diabetes Mellitus Pós Transplante Renal / New Onset Diabetes Post Transplantation (DMPT/NODAT), que apresenta novos riscos cardiovasculares e, por tal razão, deve ser foco de estudos atuais.

Objetivo: Promover uma revisão bibliográfica sobre o tema DMPT, discutindo o conceito, etiologia, patogenia, fatores de risco, diagnóstico, tipos de imunossupressão pós Transplante Renal e o manejo do NODAT. Também é objetivo deste trabalho, levantar dados com os prontuários de pacientes pós transplantados, de forma a compará-los com a revisão bibliográfica e analisar se os conceitos obtidos com a revisão, corroboram com o que é apresentado rotineiramente no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), verificar e identificar se houver divergências nessa comparação.

Método: O trabalho comparou os conteúdos de uma revisão bibliográfica e um estudo retrospectivo através dos prontuários dos pacientes Pós Transplantados Renais do Hospital Federal de Bonsucesso, nos ano 2015- 2016, com o objetivo de serem estudados cerca de 100 pacientes, sem Diabetes Mellitus (DM) prévio ao Transplante, seguindo os seguintes critérios diagnósticos de: Sintomas presentes somados à glicemia Pós Casual de concentrações ≥200 mg/dl, glicemia de jejum com valores ≥126 mg/dl, teste oral de tolerância à glicose após 2 horas (TOTG 75) ≥ 200 mg/dl ou Hemoglobina Glicada (A1C) ≥ 6,5%. (1-10)

 Foram analisados nos prontuários os seguintes fatores de risco: tipos de doadores, etnia e idade do receptor, sexo, exposição ao Citomegalovírus, tipo de imunossupressão na indução e na manutenção dos pacientes, tempo de isquemia e doença de base da Doença Crônica Renal.

Conclusão: O estudo realizado com os prontuários corrobora com os dados apresentados pela revisão de literatura quanto aos fatores de risco que predispõem ao NODAT e que esses fatores, somados ao tipo de medicamento imunossupressor, têm importância crucial para o desenvolvimento dessa doença. Por esse motivo, é de extrema importância conhecer tanto os fatores de risco que possam ser apresentados pelo transplantado, quanto avaliar quais os medicamentos utilizados, visto que alguns possuem propriedades menos diabetôgenicas do que outros, ou simplesmente não possuem essa propriedade.

Descritores: Diabetes Mellitus Pós Transplante Renal, Transplante Renal, Medicamentos Imunossupressores, Complicações pós Transplante Renal.

Biografia do Autor

Letícia Jardim Junta, UNIFESO

Graduando do curso de Medicina da UNIFEO

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Publicado

2018-02-20

Edição

Seção

Artigos