LEPTOSPIROSE EM CÃO (CANIS FAMILIARIS): RELATO DE CASO

Autores

  • Késsia Chaves Pereira UNIFESO
  • Denise de Mello Bobany UNIFESO
  • Cecília Riscado Pombo UNIFESO
  • Maria Leonora Veras de Mello UNIFESO

Palavras-chave:

Leptospira. Zoonose. Canino

Resumo

A Leptospirose é uma doença zoonótica, constituindo uma das mais importantes doenças de distribuição mundial, causada pela espiroqueta do gênero Leptospira spp. Muitas vezes, a doença apresenta sinais clínicos inespecíficos, dificultando seu diagnóstico e sendo confundida com outras doenças. Por ser uma doença de caráter sazonal, a Leptospirose ocorre com mais frequência em regiões tropicais, onde há altas incidências de chuva, afetando principalmente a área urbana. Acomete tanto o homem quanto os animais silvestres e domésticos, sendo o cão e os roedores sinantrópicos, os principais reservatórios urbanos. A Leptospira spp possui a capacidade de ultrapassar a barreira cutânea lesionada ou a mucosa íntegra. Possui uma fase chamada Leptospiremia, evoluindo para a fase chamada Leptospirúria, a qual pode causar insuficiência renal aguda e insuficiência hepática. Existem diversos meios disponíveis a serem utilizados para o diagnóstico, sendo o principal a Soroaglutinação Microscópica (SAM). O tratamento é feito com antibióticos e tratamento de suporte. O presente trabalho teve como objetivo relatar o caso de um canino com sorologia reagente para Leptospirose. No início, o animal apresentou sinais clínicos gerais como hiporexia e urina de coloração amarela escura. Em seguida, porém, desenvolveu sintomas típicos como icterícia, ascite e emagrecimento progressivo. Mesmo realizando o tratamento com antibioterapia, aplicação do soro Cino-Globulin e tratamento de suporte, o animal acabou por não responder ao tratamento e veio a óbito.

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Publicado

2022-06-07

Edição

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Artigos