PAPILOMATOSE BOVINA – RELATO DE CASO

Autores

  • Carla Manoela Talarico Queiroz UNIFESO
  • Daniela Mello Vianna Ferrer UNIFESO
  • Maria Eduarda Monteiro Silva UNIFESO
  • André Vianna Martins UNIFESO
  • Carolina Bistritschan Israel UNIFESO

Palavras-chave:

Palavras-chave, Papilomavirus. Bovinos. Tratamento.

Resumo

A papilomatose bovina é uma doença causada por um papilomavírus, que tem uma característica
crônica e infectocontagiosa, gerando tumores benignos, muitas vezes de aspecto verrucoso,
popularmente, conhecidos como verrugas. A doença ocorre quando o vírus entra em contato com a pele
através de lesões, usos de fômites, possivelmente contaminados e vetores mecânicos. Esta é capaz de
afetar grandes rebanhos, gerando queda na produção e consequente perda econômica. O diagnóstico é
feito através dos sinais clínicos, além do exame histopatológico e do PCR. O tratamento varia conforme
a necessidade de cada caso, sendo os mais empregados, a extirpação cirúrgica, vacina autógena e auto-
hemoterapia. Este trabalho teve como objetivo relatar um caso de papilomatose bovina, assim como
descrever e avaliar a eficácia do tratamento aplicado e reforçar a importância do diagnóstico e da escolha
viável do tratamento para que seja possível garantir qualidade de vida ao animal e níveis satisfatórios
de produção. Um bovino, macho, mestiço, com quatro anos de idade, mantido na Fazenda Escola do
UNIFESO, apresentou um considerável aumento de volume na região palpebral inferior de aspecto
verrucoso, em ambos os olhos, sendo maior no olho esquerdo. Portanto, foi feita a coleta de material
para biopsia, que obteve o resultado positivo para Papilomatose Bovina. O tratamento escolhido foi a
auto-hemoterapia com dez aplicações de 20ml de sangue IM, uma vez por semana. Após o tratamento
foi observada a regressão total da lesão demonstrando a sua eficácia. O diagnóstico correto e precoce
garante maiores chances de recuperação do animal.

Referências

Schuch LFD. Papilomatose bovina. In: Riet-

Correa, Schild AL,Mendez MDC, Lemos

RAA. Doenças de ruminantes e equinos. 2ªed.,

São Paulo: Livraria Varela, 2006. p. 144–147.

Borzacchiello G,Roperto F. Bovine papillomaviruses,

papillomas and cancer in cattle.

Veterinary Research. 2008;39(5):1–19.

Antonsson A,Hansson BG. Healthy skin of

many species harbors papilomaviruses which

are closely related to their human counterparts.

Journal of Virology. 2002;76(24):12537–

Campo MS. Bovine papillomavirus and cancer.

Veterinary Journal. 1997;154(3):175-88.

Ogawa T. Broad-spectrum detection of papillomaviruses

in bovine teat papillomas and

healthy teat skin. Journal General Virology.

;85:2191-2197.

Carvalho CCR, Batist MVA, Silva MAR, Balbino

VQ, Freitas AC. Detection of bovine papillomavirus

types, co-infection and a putative

new BPV11 subtype in cattle. Transboundary

and emerging diseases. 2012;59(5): 441–447.

Tozato CC,Lunardi M, Alfieri A,Otonel RAA,

Alcântara BK, Headley SA et al. Teat papillomatosis

associated with bovine papillomavirus

types 6, 7, 9, and 10 in dairy cattle from

Brazil. Brazilian Journal of Microbiology.

;44(3):905–909.

Dantas CCO, Silva LCRP, Negrão F. M. Manejo

sanitário de doenças do gado leiteiro.

PUBVET, Londrina. 2010;4(32):137, art. 928.

Freitas AC, Silva MAR, Jesus ALS, Mariz

FC, Cordeiro MN, Albuquerque BMF, Batista

MVA. Recent insights into bovine papilomavírus.

African Journal of Microbiology Research.

; 5(33):6004-6012.

Carrazzoni PG. Estudo clínico, laboratorial e

biomolecular de rebanho leiteiro para produção

de bioterápico de papillomavirus bovino.

139f. [Tese] Doutorado em CiênciaVeterinária

– Universidade Federal Rural de Pernambuco,

Recife, PE, 2015.

Morter RL,Horstman L. Cattle warts, bovine

papillomatosis. Purdue University. Cooperative

Extension Service of Purdue University,

[Acesso: Ago 2022. ]. Disponível em

<:https://www.extension.purdue.edu/extmedia/

VY/VY-58.html>

Radostits OM, Gay CC, Blood DC, Hinchcliff

KW. Clínica Veterinária: um tratado de

doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos

e eqüinos. 9ªed., Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2002. p. 1421-1423.

Constable PD, Hinchcliff KW, Done SH,GrünbergW.

Clínica Veterinária: um tratado de

doenças dos bovinos, ovinos, suínos e caprinos.

ªed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

p. 16 28-1632.

Reis MO, Slaviero M, Lorenzett MP,Cruz

RAS,Guimarães LLB, Pavarini SP et al. Neoplasmas

bovinos diagnosticados no Setor de

Patologia Veterinária da UFRGS. Pesquisa

Veterinária Brasileira. 2017; 37(2):105-109.

Eisa MI,Kandeel A, El-Sawalhy AA, Abouel-

Fetouh MS. Some studies on bovine papilloma

virus infection in cattle with trials of

its treatment. Veterinary Medicine Journal

Giza.2000;48(1): 47-55.

Campo MS. Animal models of papillomavirus

pathogenesis. Virus Research. 2002; 89(2):

-261.

Santin API,Brito LAB. Estudo da papilomatose

cutânea em bovinos leiteiros: comparação

de diferentes tratamentos e caracterização anatomopatológica.

Revista Brasileira de Ciência

Veterinária. 2004; 5(1): 39-45.

Melo CB, Leite RC. Papilomatose bovina.

Ciência Veterinária nos Trópicos. 2002; 6(1):

-12.

Oliveira MC, Andrade MC, Soares RC, Costa

ALL. Aspectos morfológicos que sugerem a

presença do papilomavírus humano (HPV) em

lesões do epitélio de revestimento da mucosa

oral. Revista Brasileira de Patologia Oral.

; 2(2): 34-43.

Murphy FA, Gibbs PJ, Horzinek MC, Studdert

MJ.Veterinary Virology, 3ªed.,Cambridge,

Massachusetts: Academic Press, 1999. p. 629.

Flores EF. Virologia veterinária. Santa Maria:

Ed. UFSM, 2007. p. 409.

Marins RSQS. Detecção do papilomavírus

em animais através de tecnicas moleculares e

citogenéticas. 2008. 223f. [Tese] Doutorado

em Ciência Animal)– Universidade Estadual

do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF),

Campos dos Goytacazes, RJ, 2008.

Jarret WFH, Mcneil PE, Grimshaw WRT,

Selman IE,Mcintyre IM. High incidence area

of cattle cancer with a possible interaction

between an environmental carcinogen and

a papillomavirus. Nature. 1978; 274(5668):

-217.

Barrasso R,Gross GE. Infecção por papilomavírus

humano: atlas clínico de HPV. Porto Alegre:

Editora Artes Médicas Sul, 1999. 432p.

Muro LFF, Bottura CRP, Carvalho TD,Oliveira

JLS, Neves MF. Habronemose Cutânea.

Revista Cientifica Eletrônica de MedicinaVeterinária.

;AnoVI(11): 1-5.

Carrijo Silva K,Souza KA, Borges KIN, Braga

IA, de Paula, EMN, Silveira Silva, L et al. Auto-

hemoterapia como tratamento de escabiose

felina: relato de caso. Brazilian Journal of Development.

; 6(7):44632-44652.

Veiga J. Auto-hemoterapia, probióticos e os

imunoestimuladores. Jornal Folha de Pernambuco,

Recife, 2007. [Acesso em: 27 set. 2022].

Disponível em: https://www.hemoterapia.org/

informações_e_debate/comentarios/ver_opiniao/

dr_joao-veiga-filho-esclarece-questoes-

-sobre-auto.asp

Gonçalves GB, Carneiro YF, Amâncio de

Lima AE, Oliveira DS,da Costa Silva FR,UrzedaM,

Souza WJ. Teste de eficácia entre o uso

da hemoterapia e da autovacina como protocolos

de tratamentos contra papilomatose bovina.

Multi-ScienceJournal. 2019; 2(1): 89–92.

Downloads

Arquivos adicionais

Publicado

2023-04-24

Edição

Seção

Artigos