CARDIOMIOPATIA DILATADA SECUNDÁRIA AO HIPOTIROIDISMO EM CÃO – RELATO DE CASO
Resumo
A Cardiomiopatia Dilatada é uma afecção crônica, onde o músculo do coração está fino e dilatado,
prejudicando a sua contração, com subsequente instalação de uma insuficiência cardíaca congestiva. Esta
pode ser primária ou secundária a outros distúrbios, como o hipotireoidismo, afetando, principalmente,
cães de porte grande a gigantes. Clinicamente, os cães afetados manifestam sinais de apatia, intolerância
ao exercício, edema, cianose, síncope, entre outros. O ecocardiograma é o exame padrão ouro para realizar
o diagnóstico da afecção. O tratamento é realizado com o uso de inotrópicos positivos, diuréticos
e vasodilatadores, com o intuito de minimizar os efeitos causados pela cardiomiopatia. O objetivo deste
trabalho é relatar o caso de um canino, fêmea, da raça Cane Corso, de 7 anos de idade, diagnosticado
com cardiomiopatia dilatada secundária ao hipotiroidismo. O animal apresentava hiporexia, intolerância
ao exercício e apatia. Exames complementares foram realizados, como o eletrocardiograma, ecocardiograma
e dosagem hormonal, sendo possível o diagnóstico de cardiomiopatia dilatada e hipotireoidismo.
Após o diagnóstico, foi prescrito um protocolo terapêutico com o uso de inotrópicos positivos, como o
pimobendam, além de reposição hormonal a base de levotiroxina sódica. Por dificuldades financeiras, o
tratamento foi descontinuado, o que causou a progressão das doenças e piora do quadro clínico da paciente.
O presente relato mostra a importância do minucioso exame clínico e seus exames complementares
para o diagnóstico precoce da afecção. Reforça também a importância de estabelecer um tratamento
assertivo, para melhorar a qualidade de vida do animal e garantir um melhor prognóstico.
Palavras-chave: Miocardiopatia. Tireóide. Canino.