ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL EM RECINTO PARA PRIMATAS NO CENTRO DE PRIMATOLOGIA DO RIO DE JANEIRO
Resumo
O enriquecimento ambiental consiste em proporcionar modificações no recinto, com a finalidade de
aumentar os níveis de bem-estar animal. Essas modificações abrangem várias técnicas criativas e engenhosas
para tornar o ambiente mais estimulante, com o intuito de incentivar a interação do animal dentro do ambiente
cativo e que não se encontram mais em seu habitat natural seja de caráter provisório (preparação para
solturas, por exemplo) ou definitivo. O enriquecimento ambiental tem o objetivo de diminuir ou eliminar o
comportamento potencialmente indicativo de estresse (BIPS) como por exemplos as estereotipias, estimular
os comportamentos normativos da espécie (GNB), diminuir a casuística clínica e mortalidade, aumentar a
taxa reprodutiva, e etc. O presente trabalho visa avaliar aspectos comportamentais, principalmente aos que se
referem os indicadores de estresse dos animais mantidos em cativeiro e/ou recintos de conservação das espécies
de primatas do novo mundo Leontopithecus rosalia (mico-leão-dourado) e Sapajus Xantosthernos (macaco-
prego-de-peito-amarelo). O estudo foi realizado no Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ)
localizado no Parque Nacional dos Três Picos, entre os municípios de Guapimirim e Cachoeiras de Macacu.
Foi divido em 3 fases: pré-enriquecemento onde foram qualificados e quantificados todos os comportamentos
normativos dos gêneros e também comportamentos potencialmente indicativos de estresse através do
etograma elaborado utilizando-se da técnica de Ad libitum, enriquecimento onde foram aplicadas as técnicas
propriamente dita e por fim a fase de pós-enriquecimento onde os dados obtidos foram lidos, interpretados
e discutidos com base na literatura. As técnicas de enriquecimento ambiental utilizadas foram: Alimentar,
física, cognitiva e sensorial.
Palavras-chave: Bem-estar. Leontopithecus rosalia. Sapajus xanthosternos.