ESTUDO PRELIMINAR DA UTILIZAÇÃO DE XILAZINA E DEXMEDETOMIDINA NA ANESTESIA EM HERNIOPLASTIA ABDOMINAL EM RATOS (Rattus norvegicus), VARIEDADE WISTAR
Resumo
A anestesia e analgesia dos animais de experimentação são cruciais para o desenvolvimento de pesquisas
que promovam estresse, dor e desconforto. Devido a isso, os protocolos anestésicos devem ser escolhidos
de acordo com a pesquisa visando conforto, bem-estar e menores influências nos resultados. A utilização dos
fármacos alfa 2 agonistas em associação com a cetamina promove analgesia cirúrgica, hipnose e relaxamento
muscular. Este trabalho relata a utilização de dois protocolos anestésicos em roedores, sendo um a xilazina
(8mg/kg) associado à cetamina (75mg/kg) por via intraperitonial e; o outro, a dexmedetomidina (100μg/kg)
com cetamina (mg/kg) também por via intraperitoneal; ambos em 5 animais, para cirurgia de hernioplastia
abdominal. Os animais foram contidos quimicamente em câmara de acrílico contendo isoflurano para reduzir
o estresse na aplicação dos fármacos. Foram avaliados o tempo de sedação profunda e analgesia cirúrgica nos
protocolos. Os animais permaneceram no trans-cirúrgico com suplementação de oxigênio 10e foram monitorados
durante todo procedimento, sendo aferidos a frequência cardíaca, respiratória, oximetria e temperatura.
No pós-operatório imediato foi realizado analgesia com Cloridrato de Tramadol (12,5 mg/kg) e avaliados o
tempo de recuperação anestésica, escala de dor e presença de vocalização. No pós-operatório os animais foram
avaliados durante cinco dias, sendo realizado tramadol (12,5 mg/kg) a cada horas e avaliados a escala de
dor, o estado dos animais e o peso ao sétimo dia. Ambos os protocolos se mostraram eficazes e seguros para
hernioplastia abdominal em ratos, promovendo mínimo estresse e bom controle analgésico, sendo a dexmedetomidina
um promissor fármaco para utilização em ratos.
Palavras–chave: Xilazina. Dexmedetomidina. Ratos.