OTITE MÉDIA RECIDIVANTE SECUNDÁRIA À MÁ-FORMAÇÃO DE CONDUTO AUDITIVO EM UM CANINO DA RAÇA PUG – RELATO DE CASO
Resumo
A otite média em cães é uma complicação comum, sendo muitas vezes consequência de um quadro
de otite externa crônica. Esta pode estar associada a alterações anatômicas, como a atresia de canal
auditivo, que pode ser congênita ou traumática. A escolha pelo procedimento cirúrgico deve ser fundamentada
em diversos fatores, como a localização da atresia, o grau de alterações no conduto auditivo, a
presença ou a ausência de otite média, sinais neurológicos e a cronicidade das lesões. O objetivo deste
trabalho é relatar o caso de um canino, Pug, fêmea, de 8 anos, que foi diagnosticado com otite média
recidivante, secundária à má-formação de conduto auditivo. O animal tinha histórico de otite crônica,
com dor e secreção bilateral, irresponsiva aos tratamentos adotados. Além disso, a paciente era atópica
e tinha hipotiroidismo controlado. Após a realização de exames complementares, como citologia otológica,
fibrotoscopia e tomografia computadorizada de crânio, foi concluído o diagnóstico de discreta
otite externa bilateral e acentuada otite média esquerda, associada à possível atresia do canal auditivo.
Foi então indicada abordagem cirúrgica com a retirada do conduto auditivo esquerdo. A cirurgia foi
satisfatória e o animal teve um pós-operatório sem intercorrências. Notou-se uma evolução positiva do
quadro. Tal relato ressalta a importância da realização de exames mais específicos, em casos de otites
crônicas recidivantes, como fibrotoscopia e tomografia computadorizada. Assim, há o estabelecimento
de um diagnóstico mais assertivo e definitivo, possibilitando a correta abordagem, assegurando um melhor
prognóstico e qualidade de vida para o animal.
Palavras-chave: Otite crônica. Fibrotoscopia. Cão.