SÍNDROME DO VÔMITO BILIOSO EM CÃO – RELATO DE CASO
Resumo
A síndrome do vômito bilioso ocorre comumente em cães hígidos, que vomitam a bile após um
período de jejum prolongado. O diagnóstico é de exclusão das variadas causas do vômito bilioso. O
tratamento é feito fracionando a refeição ao longo do dia evitando o jejum, além do uso de agentes
procinéticos, anti-histamínicos H2 e antiácidos. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um canino,
macho, Shih tzu, 7 anos, diagnosticado com síndrome do vômito bilioso. O animal apresentava hiporexia
e vômitos amarelados frequentes, pelo menos três vezes por semana, geralmente de manhã. Desde
filhote era caprichoso para comer e vomitava esporadicamente, agravando o quadro com o tempo. Não
havia histórico de dor abdominal ou diarreia. Ao exame clínico, o paciente apresentava-se saudável.
Exames complementares foram realizados, como hemograma, bioquímica renal e hepática e ultrassonografia,
que não detectaram alterações que justificassem os vômitos. Foram receitados medicamentos
orexígenos e contra náusea e vômito, com uma resposta terapêutica fraca, uma vez que o cão permanecia
hiporético e com episódios de êmese. Assim, suspeitou-se de síndrome do vômito bilioso e optou-se em
iniciar alimentação natural, a fim de testar a aceitabilidade do paciente, que foi satisfatória. Ao reduzir
os longos períodos de jejum, os quadros eméticos cessaram. Tal relato demonstra a importância de um
minucioso histórico e anamnese, um bom exame clínico, além de exames complementares para exclusão
de possíveis causas de vômito. Após o correto diagnóstico dessa síndrome, o manejo alimentar correto
pode ser instituído, proporcionando um bom prognóstico ao paciente.
Palavras-chave: Êmese. Bile. Canino.