UTILIZAÇÃO DE FIXADOR EXTERNO LINEAR TIPO II NO TRATAMENTO DE OSTEOSSÍNTESE DE TÍBIA EM CÃO (Canis familiaris) – RELATO DE CASO
Resumo
As fraturas fazem parte da rotina clínica e cirúrgica na medicina veterinária, tendo como sua principal
causa o acidente automobilístico, principalmente em cães sem raça definida. A tíbia, quanto um
osso longo, possui pouco revestimento de tecidos moles, a tornando mais suscetível a fraturas, principalmente
do tipo aberta. Sua ocorrência está ligada a situações de estresse, como traumas. Uma situação
de estresse, caracterizada pelo direcionamento de forças ao osso, podem resultar em fraturas que variam
de acordo com os tipos de forças atuantes. O diagnóstico ocorre, principalmente, por meio do exame
radiográfico, composto por no mínimo duas projeções. O tratamento empregado para redução da fratura
depende dos fatores relacionados ao próprio paciente, como idade, e de fatores ligados à sua localização
e presença ou não de infecção. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um canino, macho, sem
raça definida de 9 anos de idade vítima de acidente automobilístico, diagnosticado com fratura obliqua
em terço média de tíbia. Foi utilizado placa neutra para resolução da fratura, mas por apresentar dores
em região de lombar e quadril, possuía dificuldade em se levantar, urinando em cima do leito da ferida.
Diante do quadro, o paciente apresentou complicações como deiscência de sutura, exposição de placa
e osso decorrentes a instalação da infecção. Como tratamento final, o animal foi submetido a segunda
cirurgia com utilização do fixador externo linear tipo II, no qual obteve resolução da fratura, estabilidade
e recuperação da função do membro, mas com certas limitações devido a idade.
Palavras-chave: Fratura. Fixador externo. Canino.