LEVANTAMENTO DE VACAS PRENHAS EM LINHA DE ABATE EM FRIGORÍFICO
Resumo
A sociedade civil tem demonstrado um crescente interesse pelo bem-estar animal, gerando uma cobrança sobre os órgãos reguladores. Neste cenário, prática do abate de vacas gestantes gera preocupações relacionadas ao bem-estar animal, principalmente em vacas em estágio avançado de gestação. Além da questão ética, existe a questão econômica, muitos produtores enviam os animais sabendo do diagnóstico de gestação acreditando que irá ter um melhor rendimento de carcaça, porém os fetos e seus anexos, podendo chegar a até 80kg no final da gestação. Este trabalho teve como objetivo monitorar e quantificar o número de animais prenhes que são enviados para o abate para entender essa prática e avaliar o valor do preço do soro do feto e possíveis impactos econômicos. Foi realizado o monitoramento na linha de inspeção D para quantificar o número de animais abatidos, de úteros gravíticos, a idade gestacional determinada de forma macroscópica e classificado em terço inicial, médio e final de gestação de acordo com as características. Durante a pesquisa foram abatidos 1.292 animais, 665 machos e 627 fêmeas. Do total de fêmeas, 277 estavam prenhas. Sendo 107 animais no terço inicial da gestação, 98 no terço médio e 72 no terço final. Tendo em vista os animais analisados durante o experimento, conclui-se que a incidência de vacas prenhas na linha de abate foi alta, visto que 44,17% das fêmeas estava gestante. Esse alto índice levanta discussões sobre essa prática e sua legislação. O Soro Fetal Bovino não sofreu alteração no valor, no período do estudo.
Palavras-chave: Inspeção de bovinos; Linha de abate; Feto bovino.