Os juizados criminais e a filosofia comunicativa: uma abordagem crítica e um olhar para a justiça restaurativa

Autores

  • Cláudia Aguiar Britto Centro Universitário Serra dos Órgãos

Resumo

O presente artigo tem por objetivo apresentar algumas reflexões críticas a respeito dos vinte anos da criação dos juizados especiais criminais. Com essa perspectiva, analisamos a então proposta legislativa de se buscar um processo mais simples, ágil, de acesso fácil e direto; porém em contraponto à realidade prática do procedimento especial criminal.  Assim, como referencial teórico, utilizamos uma abordagem filosófica e algumas reflexões a partir do agir comunicacional habermasiano.

Biografia do Autor

Cláudia Aguiar Britto, Centro Universitário Serra dos Órgãos

Pós-Doutoramento em Democracia e Direitos Humanos. Ius Gentium Conimbrigae. Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (Portugal).Doutora em Direito Público. (Processo Penal). Mestre em Ciências Penais -Criminologia. Diplomada em Direito Internacional Humanitário pelo International Institute of humanitarian Law. (IIHL- Itália). Especialista em Direito Penal Militar. Graduada em Direito (1993). Tem experiência na área do Direito Penal com ênfase no Processo Penal, Criminologia e Direito Internacional Humanitário, tendo como base de pesquisa a filosofia contemporânea de Jürgen Habermas. Professora-orientadora pós graduação. Lante-Capes UFF. Advogada criminalista. Professora convidada pelo Supremo Tribunal Militar de Angola para ministrar a disciplina de Criminologia no curso de Pós-graduação em Direito Militar em Luanda (Angola). Integra o corpo docente nos programas do curso de Graduação do IBMEC-RJ, UNFESO e no Curso de Pós- Graduação do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Jurídicos (CBEPJUR/UCAM). Membro da Comissão que elabora o anteprojeto do Código Penal Militar da República de Angola. Foi coordenadora e professora nos Núcleos de Prática Jurídica do Centro Universitário da Cidade e da Universidade Gama Filho.(2000-2014)

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Publicado

2016-10-20