Levantamento Bibliométrico: Governança Corporativa, Teoria da Agência e Teoria dos Stakeholders no Campo da Administração

Autores

  • Michelle Muniz Bronstein Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro / Departamento de Administração e Turismo / Instituto Multidisciplinar - UFRRJ/DAT/IM

Palavras-chave:

Governança Corporativa, Teoria da Agência e Teoria dos Stakeholders, Estudo bibliométrico, CAPES.

Resumo

O escopo deste trabalho consiste em um meta-estudo sobre os temas: Teoria da Agência, Governança Corporativa e Teoria dos Stakeholders com o objetivo de compreender, ainda que de forma preliminar, a forma como estes são abordados no meio acadêmico. Por meio do levantamento de artigos científicos sobre estes temas publicados em periódicos nacionais e internacionais e disponíveis para consulta aberta no portal de uma das mais importantes agências de fomento a pesquisa no Brasil, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) foram analisados 90 artigos disponíveis para pesquisa aberta no website desta agência. Buscou-se identificar se estas temáticas ganham destaque nos títulos dos trabalhos analisados, descrever o número de trabalhos publicados por autor, identificar os periódicos e anos em que ocorreram as publicações, a vinculação institucional do periódico e, em que lugar do Brasil ou de fora do país estão localizadas tanto as instituições vinculadas aos periódicos como os bancos de dados eletrônicos que reúnem estas publicações. Entre os resultados encontrados se destaca que embora os temas estudados tenham sua origem nos EUA, os artigos encontrados estão publicados em periódicos vinculados a instituições de ensino praticamente espanholas e sul-americanas.

Biografia do Autor

Michelle Muniz Bronstein, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro / Departamento de Administração e Turismo / Instituto Multidisciplinar - UFRRJ/DAT/IM

Doutora em Administração. Mestre em Comunicação Social e graduada em Administração. Pós graduação em Gestão da Cultura. Professora do Curso de Administração do DAT/IM-UFRRJ, atuando nas áreas de Comunicação Empresarial e Gestão de Pessoas. Interesses de pesquisa relacionados às temáticas do Comportamento Organizacional e da Governança.

Referências

ARROW, K. J. Principal and agents: the structure of American business. Boston: Harvard Business School Press, 1985.

BACHARACH, S. B. Organizational Theories: Some Criteria for Evaluation. Academy of Management Review, v.14, p. 496-515, 1989.

BERLE, Adolf Jr: MEANS, Gardner. The Modern Corporation and private property. New York: MacMillan publishing company, 1932.

BERTERO, C.O. A arte de bem governar. Debates GV Saúde – Comunicação e Gestão em Saúde. Primeiro Semestre, v. 5, p. 21-22, 2008. Disponível em:

http://www.eaesp.fgvsp.br/subportais/gvsaude/Pesquisas_publicacoes/debates/05/54.pdf . Acesso em 03/12/12.

BLACK, B. S., CARVALHO, A. G., GORGA E. Corporate governance in Brazil. Emerging Markets Review, v. 11, p. 21–38, 2010.

BOAVENTURA, J. M.G., CARDOSO, F.R., SILVA, E.S., SILVA, R.S. Teoria dos Stakeholders e Teoria da Firma: um estudo sobre a hierarquização das funções-objetivo em empresas brasileiras. RBGN: São Paulo, v.11,

p.289-307, 2009.

BOURDIEU, P. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2005.

BRENNER, S. N., COCHRAN, P. The stakeholder theory of the firm: Implications for business and society theory and research. Paper presented at the annual meeting of the International Association for Business and Society, Sundance: UT, 1991.

_________________, MOLANDER, E. A. Is the ethics of business changing? Harvard Business Review, v. 58, p. 54-65, 1977.

CANADIAN INSTITUTE OF CHARTERED ACCOUNTANTS. Exposure draft: guidance for directors – governance processes for control. CA Magazine, v. 128, p. 1-10, 1995.

CARVALHO, A. G. Governança Corporativa no Brasil em perspectiva. Revista de Administração de Empresas – FGV, v. 37, n.3, p. 19-32, 2002.

CLARKSON, M. B. E., DECK, M. C., SHINER, N. J. The stakeholder management model in practice. Paper presented at the annual meeting of the Academy of Management, Las Vegas, NV, 1992.

_______________. Et. al.The Toronto conference: reflections on stakeholder theory. Bussiness & Society, Chicago. v.33, p. 82-132, 1994.

_______________. Corporate social performance in Canada.In PRESTON, L. E. (Ed.) Research in corporate social performance and policy. Greenwich: JAI Press. v.10, p.241-265, 1998.

COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR. História e missão, 2013. Capturado em 05/02/2013. Disponível em: http://www.capes.gov.br/sobre-a-capes/historia-e-missao

COMISSÃO DE VALORES IMOBILIÁRIOS. CARTILHA DE GOVERNANÇA. 2002. Capturado em 27.07.12. Disponível em: www.cvm.gov.br/port/public/publ/cartilha/cartilha.doc.

CORBIN, J., STRAUSS, A. Qualitative Sociology. Human Science Press, Inc., v.13, p.3-21, 1990.

CORNFORTH, C. The governance of public and non-profit organizations: what do boards do? Oxon: Routledge. 2003.

COSTA, M. A. N. A Intervenção Social Contemporânea do Empresariado Brasileiro. VI CONGRESSO PORTUGUÊS DE SOCIOLOGIA. Universidade de Nova Lisboa – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. v. 230, p.1-15, 2008. Disponível em www.aps.pt/vicongresso/pdfs/230.pdf, acesso em 10/12/12.

DAILY, C., DALTON, D. R., CANNELLA Jr., A. A. Corporate governance: decades of dialogue and data. Academy of Management Review, v. 28, p. 371-382, 2003.

DELEUZE, G., GUATTARI, F. Mil Platôs - Capitalismo e Esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1997.

DIMAGGIO, P. J., POWELL, W.W. The iron Cage Revisited: Institutional Isomorphism and Collective Rationality in Organizational Fields. American Sociological Review, v.48, p. 174-160, 1983.

DONALDSON, T., PRESTON, L. E. The Stakeholder Theory of the Corporation: Concepts, Evidence, and Implications. The Academy of Management Review, v. 20, p. 65 – 91, 1995.

DONNELLY, R., MULCAHY, M. Board structure, ownership, and voluntary disclosure in Ireland. Corporate Governance, v. 16, p. 416-29, 2008.

EVAN, W. M., FREEMAN, R.E. A. Stakeholder Theory of the modern corporation: Katian Capitalism In:DONALDSON, T.; WERHANE, P.H. (Eds.) Ethical issues in business. Englewood Cliffs: Prentice-Hall, 1993.

FERREIRA, J. S.W. Governança, um novo paradigma de gestão? Notas de uma palestra. São Paulo: FAUUSP, v.9, p.1-19, 2001. Disponível em: www.usp.br/fau/depprojeto/labhab/.../ferreira_governparadigma.pdf,

capturado em 03/12/12.

FILHO, N. S., SILVA, C. S. As Grandes empresas nos anos 90: Respostas estratégicas a um cenário de mudanças. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, 2001.

FLIGSTEIN, N. The transformation of corporate control. Cambridge-MA, Harvard University Press. 1990.

FONTES FILHO, J. R. Governança Corporativa e o Papel dos Conselhos de Administração: Um estudo no contexto das cooperativas de crédito. Trabalho apresentado e publicado nos anais do 5th International

Conference of the Iberoamerican Academy of Management. Santo Domingo: República Dominicana, 2007.

_________________. A Contribuição das Práticas de Governança Corporativa dos Fundos de Pensão ao Fortalecimento da Responsabilidade Social Empresarial no Brasil. Made, v.1, p. 1-16, 2003.

__________________. Governança organizacional aplicada ao setor público. VIII Congresso Internacional Del CLAD sobre La reforma Del estado y de La Administracion Pública. Ciudad Del Panamá: Panamá., p. 1-18,2003.

FREEMAN, R. E. Strategic Management: A Stakeholder Approach, Massachusetts: Pitman, 1984.

__________________, EVAN, W. M. Corporate Governance: A Stakeholder Interpretation. The Journal of Behavioral Economics, v.9, p. 337-359, 1990.

FREY, K. Governança Eletrônica: experiências de cidades europeias e algumas lições para países em desenvolvimento. I Conferência Eletrônica do Centro Virtual de Estudos Políticos (CEVEP) – Dep. Ciência

Política da UFMG e Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel). Belo Horizonte: MG, p. 31 – 48, 2000.

FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005.

GRAEF, A., SALGADO, V. As relações com as entidades privadas sem fins lucrativos no Brasil. XIV Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, Salvador: BA, 2009.

GOMES, Ricardo C., GOMES, Luciana O. M. Who is supposed to be regarded as a stakeholder for public organizations in developing countries? Public Management Review, v.10, p. 263 – 275, 2008.

________________, __________________. Depicting the arena in which Brazilian local government authorities make decisions. What is the role of Stakeholders? International Journal of Public Sector Management, v. 22, p.76 – 90, 2009.

__________________, LIDDLE, J. ____________. A Five-Sided Model Of Stakeholder Influence. Public Management Review, 12:5, p.701 — 724, 2010.

GRÜN, R. A classe média no mundo do neoliberalismo. Tempo Social - Revista de Sociologia USP, São Paulo, v. 10, p.143-163, 1998.

________________. Atores e ações na construção da governança corporativa brasileira. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v.18, p.139-161, 2003.

HALAL, W. E. The new management: Business and social institutions in the information age. Business in the Contemporary World, v.2, p. 41-54, 1990.

HAWLEY, A. Human Ecology. International Encyclopedia of the Social Sciences. New York: Macmillan. David L. Sills (ed.), p. 328-37, 1968.

HITT, M. A., IRELAND, R.; HORKISSON, R. E. Administração estratégica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.

HUNG, H. A typology of the theories of the roles of governing boards. Corporate Governance: An International Review. v. 6, p.101-111, 1998.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Guia das melhores práticas de governança para Fundações e Institutos. São Paulo: IBGC, 2009.

JAWAHAR, I. M., MCLAUGHLIN, G. L. Toward a Descriptive Stakeholder Theory: an organizational life cycle approach. Academy of Management Review, v. 26, p. 397- 414, 2001.

KREINER, P., BAMBRI, A. Influence and information in organization-stakeholder rela-tionships. In J. E. Post (Ed.), Research in corporate social performance and policy, Greenwich, CT: JAI Press, v. 12, p. 3-36, 1991.

LALOË, F., MOSSERI, R. L’évaluation bibliométrique des chercheurs: même pas juste… même pas fausse! Science et société, 2009, p.23-24. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1051/refdp/2009003, acesso em 23/03/13.

LEITE, E. S. O mundo empresarial e a questão social. Porto Alegre: V Workshop Empresa, Empresários e Sociedade, PUCRS, p.1-20, 2006. Disponível em http://ww.fee.com.br/5workshop/pdf/gt02_elaine.pdf, acesso em 05/12/12.

MITCHELL, R. K., AGLE, B. R., WOOD, D. J. Toward a Theory of Stakeholder Identification and Salience: Defining the Principle of the Who and What Really Counts. Academy of Management Review, v 22, p. 853–86, 1997.

MENDONÇA, L. R., MACHADO FILHO, C. A. P. Governança no terceiro setor: considerações teóricas. R.Adm., São Paulo, v.39, p.302 – 308, 2004.

OLIVEIRA, G. e PACHECO, M. Mercado Financeiro. São Paulo: Ed. Fundamento Educacional, 2010.

OSBORNE, S. P. The New Public Governance? Public Management Review, v. 8, p. 377-387, 2006.

PARRINO, R. Rewrapping the package: managerial incentives and corporate governance. Texas Business Review. Austin: The University of Texas, p.1-5, 2002.

PFEFFER, J. and SALANCIK, G. R. The External Control of Organizations: A Resource Dependence Perspective. New York: Harper & How, 1978.

PORTER, M. E., Competitive strategy. New York: Free Press, 1980.

PRITCHARD, A. Statistical bibliography or bibliometricas? Journal of Documentation, v. 25, n. 4, p. 348-349, 1969.

RAO, K. K., TILT, C. A., LESTER, L. H. Corporate governance and environmental reporting: an Australian study. Corporate Governance, v. 12, p. 143 – 163, 2012.

ROCHA, T., GOLDSCHMIDT, A. Gestão dos Stakeholders. São Paulo: Saraiva, 2010.

SALAMON, L. M. The tools of government: a guide to the new governance. Oxford University Press, 2002.

SATO, F. L. R. A teoria da Agência no setor da saúde: o caso do relacionamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar com as operadoras de planos de assistência supletiva no Brasil. RAP Rio de Janeiro, v. 41, p.49-62, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rap/v41n1/04.pdf acesso em 10/12/12.

SAVAGE, G. T., Nix, T. W., WHITEHEAD, C. J., BLAIR, J. D. Strategies for Assessing and Managing Organizational Stakeholders. Academy of Management Executive, v.5, p. 61–75, 1991.

SERAFIM, E., QUELHAS, O. L.G., ALLEDI, C. Histórico e fundamentos da governança corporativa – Contribuições para a sustentabilidade das Organizações. VI Congresso Nacional de Excelência em Gestão.

Niterói:RJ, p. 1-2, 2010.

SHAPIRO, S. P. The social control of impersonal Trust. American Journal of Sociology. v.93, p.623-658, 1987.

Disponível em http://www.jstor.org/stable/2780293 acesso em 10/12/12.

SPINAK, E. Indicadores cienciométricos. Ciência da Informação, v.27, n.2, p.141-148, 1998.

STOKER, G., Governance as theory: five propositions. International Social Science Journal, 50, p. 17-28, 1998.

TURNBULL, S. Governança Corporativa: Teorias, Desafios e Paradigmas. Gouvernance: Revue Internationale, v.1, p. 11-43, 2000. Disponível em SSRN: http://ssrn.com/abstract=221350 ou http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.221350 acesso em 28/06/2012.

VASCONCELOS, F., CYRINO, A. Vantagem Competitiva: os modelos teóricos atuais e a convergência entre estratégia e Teoria organizacional. Revista de Administração de Empresas (RAE). v. 40, p. 20 – 37, 2000.

WANG, J., DEWHIRST, H. D. Boards of directors and stakeholder orientation. Journal of Business Ethics, 11, p.115-123, 1992.

WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo in: Coleção os Pensadores. Vol. XXXVIII, p. 181 – 237, 1974.

WISE, V., ALI, M. Case studies on corporate governance and corporate social responsibility. South Asian Journal of Management, v. 15, p. 136-50, 2008.

WINSTANLEY, D., SORABJI, D., DAWSON, S. When the Pieces Don’t Fit: A Stakeholder Power Matrix to Analyze Public Sector Restructuring. Public Money & Management, v.15, p.19–26, 1995.

Downloads

Publicado

2021-01-12

Edição

Seção

Artigos