INCIDÊNCIA DO CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS DA CAVIDADE ORAL EM JOVENS
Autores
Allan Soares Sardella
UNIFESO
Giovanni Augusto Castanheira Polignano
Resumo
Mundialmente o câncer oral é o décimo primeiro câncer mais comum, com maior incidência no subcontinente indiano, Austrália, França, Brasil e África do Sul. Aproximadamente 94% de todas as malignidades orais são Carcinomas de Células Escamosas Oral (CCE). É constantemente relatado na literatura o aumento do número de casos, no qual há uma relação direta, e extremamente significativa, quanto a neoplasia e o número de mortes por esta doença. No entanto, as taxas anuais médias de incidência e mortalidade, sofrem considerável variação entre a diversidade de raças, gêneros e grupos etários. Tendo o CCE causa multifatorial, tantos os fatores extrínsecos quanto os intrínsecos podem estar relacionados, o que demonstra dificuldade em se estabelecer um fator etiológico único para desenvolver tal malignidade. Dentre os fatores extrínsecos é possível destacar agentes como tabaco, álcool, sífilis e (somente para cânceres do vermelhão do lábio) luz solar. E quanto aos fatores intrínsecos é possível relacionarse com estados sistêmicos ou generalizados, tais como desnutrição geral ou anemia por deficiência de ferro. Correlacionando com o fator idade, pesquisas apontam que o CCE apresenta-se com comportamento alterado frente à pacientes jovens, caracterizando-o como o mais agressivo. Além desses fatores, diversos estudos sugerem a necessidade de pesquisas mais aprofundadas sobre a interação do CCE com o Papilomavírus Humano (HPV), maconha e alguns fatores genéticos. Diante do exposto o presente estudo teve por objetivo avaliar o acometimento do CCE na população jovem, ressaltando suas principais etiologias e sua correlação com HPV. Esta revisão conclui ser necessário melhor caracterizar a população jovem a partir do desenvolvimento de um programa de prevenção primária para o CCE oral, aprimorando assim o controle deste tipo de câncer em pacientes jovens.