EMPREGO DA OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA ASSOCIADA A ENXERTOS NÃO MICROVASCULARIZADOS, CÓRTICO-MEDULARES DE CRISTA ILÍACA NA RECONSTRUÇÃO DE DEFEITOS SEGMENTARES DO CORPO MANDIBULAR
Resumo
A reconstrução dos defeitos mandibulares causados por ressecção de tumores é um desafio para o cirurgião maxilofacial. O tamanho do defeito ósseo, o tipo de enxerto utilizado (vascularizado ou não vascularizado), as condições do tecido mole da área receptora, são fatores que influenciam diretamente no sucesso do tratamento. A utilização de enxertos ósseos vascularizados apresenta bom prognóstico para o tratamento dos defeitos mandibulares de grandes dimensões, no entanto, apresentam algumas dificuldades, pois exige uma equipe de cirurgia microvascular, maior tempo de internação e custos elevados. Uma alternativa é a utilização de enxertos não vascularizados como os de crista ilíaca, no entanto, devido à falta de vascularização, a neoangiogênese por vezes é dificultada, podendo resultar em redução do volume do enxerto incorporado ou ate mesmo na não união dos enxertos. Diversos estudos têm reportado os efeitos de neo-angiogênese e neo osteogênese a partir da Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB). A oxigenoterapia hiperbárica consiste na administração de oxigênio puro a uma pressão atmosférica de 2,5 ATA (atmosfera absoluta). O paciente é colocado numa câmera onde respira oxigênio puro por um período de 90 minutos. Os objetivos desta pesquisa foram avaliar os efeitos da oxigenoterapia hiperbárica sobre grandes enxertos ósseos autógenos usados para reconstrução de defeitos segmentares do corpo mandibular de paciente submetido à ressecção.