DESAFIOS DO CIRURGIÃO-DENTISTA DA REDE PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE TERESÓPOLIS PARA O ATENDIMENTO DE PACIENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Resumo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio que é avaliado em diferentes graus de suporte e começa a apresentar os primeiros sinais na infância, como dificuldade na comunicação, linguagem e comportamento. Seu diagnóstico é muito importante para que se realize o tratamento específico para cada caso. Os pacientes com esse tipo de transtorno devem ser atendidos por uma equipe multiprofissional, incluindo cirurgiões-dentistas. Porém, ainda existem dificuldades para estes profissionais quando precisam realizar o atendimento desses pacientes, em especial pela dificuldade no manejo e comunicação com os mesmos. Este trabalho teve como objetivo analisar a perspectiva dos cirurgiões dentistas em relação às dificuldades que sentem para atender pacientes com transtorno do espectro autista, e orientá-los sobre a importância de saber métodos e estratégias que visem um atendimento odontológico seguro e de qualidade. A pesquisa foi realizada através de um questionário feito com cirurgiões dentistas do município de Teresópolis, para discutir sobre as dificuldades que eles encontram no atendimento em pacientes com transtorno do espectro autista, além da conversa em palestra sobre as possibilidades e estratégias de manejos de comportamento para o atendimento de pacientes com transtorno de espectro autista no Sistema Único de Saúde. Dos 35 profissionais, 25 participaram da pesquisa. Apenas os que possuíam menos de 5 anos de formação relataram ter tido uma disciplina específica sobre pacientes com TEA durante a graduação. 18 profissionais não conhecem o Manual de Diagnóstico de Transtornos Mentais. Alguns dentistas justificaram sua insegurança em atender pacientes com TEA devido à falta de capacitação, recursos, medo de traumatizar o paciente ou falta de experiência. Esses resultados destacam a necessidade de maior capacitação e suporte para os dentistas no atendimento a pacientes com este transtorno, tanto na formação acadêmica quanto na prática profissional.