ABORDAGEM TERAPÊUTICA PARA O TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ENTRE PACIENTES APRESENTANDO NEUROFIBROMATOSE TIPO 1

Autores

  • Natália Carvalho Platenik Centro Universitário Serra dos Órgãos
  • Thainá Zanon Cruz Centro Universitário Serra dos Órgãos
  • Mauro Geller Centro Universitário Serra dos Órgãos

Palavras-chave:

Neurofibromatose tipo 1, hipertensão, abordagem terapêutica

Resumo

A neurofibromatose tipo 1 é uma doença genética autossômico dominante com uma grande variabilidade de manifestações clínicas, sendo as principais os neurofibromas, manchas café-com-leite, efélides inguinais e axilares e nódulos de Lisch. Os pacientes portadores de NF1 podem apresentar elevação da pressão arterial em qualquer momento da vida, conhecida como hipertensão essencial. O objetivo desse estudo é demonstrar a abordagem terapêutica da hipertensão arterial sistêmica nos pacientes com Neurofibromatose Tipo 1. Esse estudo apresenta uma revisão bibliográfica, utilizando os seguintes bancos de dados: MEDLINE PUBMED, LILACS e SCIELO, além de livros da área da saúde. Os termos pesquisados foram: “hipertensão arterial sistêmica”, “hipertensão primária”, “hipertensão tipo 1”, “hipertensão em neurofibromatose”, “alterações cardiovasculares na neurofibromatose”. A abordagem terapêutica da hipertensão nos pacientes com neurofibromatose tipo 1 é similar aos pacientes com hipertensão na população geral, e deve-se utilizar como a VI diretrizes brasileiras de hipertensão para conduta farmacológica e não-farmacológica. A hipertensão secundária ao feocromocitoma, com frequencia é resistente ao tratamento convencional, e deve-se realizar o bloqueio α-adrenérgico, combinados ou não com IECA, bloqueadores dos canais de cálcio e betabloqueadores.

Biografia do Autor

Mauro Geller, Centro Universitário Serra dos Órgãos

Professor titular de Imunologia e Microbiologia da UNIFESO, coordenador da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Professor Titular de Pós-Graduação em Imunologia Clínica - Especialização do Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas. Coordenador do Setor de Facomatose do Serviço de Genética Clínica da IPPMG da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Publicado

2019-05-28

Edição

Seção

Artigos DACS