PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA POPULAÇÃO ATENDIDA NO SETOR DE NEONATOLOGIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE TERESÓPOLIS COSTANTINO OTTAVIANO NO ANO 2015

Autores

  • André Leonel Valério UNIFESO
  • Leandro Miranda Menino Mendes
  • Sofia Alves Figueiredo Faustino
  • Flavio Eduardo Frony Morgado
  • Lilian Kuhnert Campos
  • Simone Rodrigues

Resumo

A Maternidade do Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Otaviano (HCTCO) é referência na assistência perinatal em Teresópolis dispondo de Unidade Intermediária Neonatal, única na região. O objetivo deste estudo foi levantar o perfil epidemiológico da população de recém-nascidos (RNs) admitidos no alojamento conjunto e na unidade intermediária (UI) neonatal, identificando as afecções mais frequentes, possibilitando a implementação de medidas para a melhoria da assistência neonatal. O trabalho teve caráter transversal, prospectivo e descritivo e avaliou os nascimentos ocorridos no âmbito do SUS de abril a novembro de 2015. Foram incluídos na pesquisa 624 RNs. A maior parte das mães (64%) teve acompanhamento pré-natal completo, com parto vaginal em 59% dos casos, sendo 51% dos RNs do sexo masculino. As mães adolescentes corresponderam a 13,6% das parturientes. Baixo peso ao nascer ocorreu em 11,6% dos nascimentos, sendo que destes, 35,6% eram pequenos para a idade gestacional. Prematuridade ocorreu em 12,9% dos nascidos vivos, sendo na maioria (75,3%) prematuros tardios (> 34 sem de idade gestacional (IG)). Prematuros com IG < 34sem corresponderam a 3,2% do total de nascimentos. Cento e cinquenta e dois RNs (24%) foram admitidos na UI e a síndrome do desconforto respiratório foi a patologia mais frequente (47%). Observamos hipoglicemia sintomática em 1,1% dos RNs e assintomática em 21,1%. A hiperbilirrubinemia ocorreu em 27% dos RNs. Entre os RNs admitidos na UI neonatal 2% evoluiram para óbito, com taxa de mortalidade de 4,8 RNs por 1.000 nascidos vivos. A taxa de mortalidade é maior do que a encontrada no município e pode ser justificada por ser unidade de referência para partos de risco e pela ausência de unidade de tratamento intensivo no município. O estudo ainda necessita de uma amostragem maior e dados complementares para que outras associações possam ser estabelecidas.

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Publicado

2016-06-14

Edição

Seção

Artigos DACS