DESASTRE SOCIOAMBIENTAL DE 2011 EM TERESÓPOLIS: LEMBRAR PARA NÃO ESQUECER
Resumo
A produção científica sobre a psicologia dos desastres tem aumentado a cada ano à medida em que sucessivos
eventos climáticos extremos têm se avolumado em decorrência do aumento da degradação ambiental e das vulnerabilidades sociais. O tema é desafiador para o estudo da Psicologia marcada por uma “Era Moderna’, ou seja, a “Era das Catástrofes” em que os conflitos globais, genocídios, limpezas étnicas, desastres climáticos, tecnológicos
e cataclismos afetam aos que vivem in loco e aos que vivem no tecido social e ambiental (humanos e não humanos)
em geral (Braga et al., 2018). Entendendo as questões da vulnerabilidade e da resiliência (Revet, 2011), das recordações e compartilhamentos de experiências como processos comunitários produzidos nas relações sociais ao longo do tempo, o presente trabalho tem por objetivo conhecer os impactos emocionais sofridos por moradores da cidade de Teresópolis que em janeiro de 2011 vivenciaram a “Tragédia” e que à época eram crianças e adolescentes (7 a 18 anos) e que atualmente são jovens/adultos com idade entre 18 e 30 anos. O Grupo de Estudos em Psicologias, Políticas Públicas e Assistência (GRUPPA), realizou a roda de conversa “Lembrar para não esquecer”, como parte do processo da pesquisa em andamento intitulada “Constituição do sujeito frente à tragédia das chuvas em Teresópolis: um estudo sobre a Psicologia em Emergências e desastres” - PICPq 2022/2023. Ao promover espaço de troca, escuta e relatos de experiência sobre a tragédia de 2011 em Teresópolis, nota-se que o tema ainda se mostra como um desafio para este campo de pesquisa, pois o processo de reconstrução e construção de apoio às pessoas e comunidades ainda requer intervenções e estudos que possam contribuir para a saúde e bem-estar dos afetados e do tecido social.
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