AVALIANDO O ESTRESSE OCUPACIONAL EM FUNCIONÁRIOS EM UMA UNIDADE PÚBLICA DE SAÚDE EM TERESÓPOLIS: FERRAMENTAS E RESULTADOS ATRAVÉS DO MODELO DEMANDA X CONTROLE
Resumo
O estudo busca explorar a relação entre o estresse crônico e o desenvolvimento de Burnout entre profissionais de saúde, destacando a necessidade de intervenções para melhorar o bem-estar desses trabalhadores. O objetivo principal é examinar os fatores e causas do estresse crônico entre os profissionais das Unidades Básicas de Saúde em Teresópolis, Rio de Janeiro, por meio de uma abordagem mista, combinando métodos quantitativos e qualitativos. O foco da pesquisa está nas demandas de trabalho e no controle que esses profissionais possuem sobre suas atividades, com o intuito de propor melhorias na qualidade de vida no trabalho e estratégias de prevenção ao esgotamento. Para isso, foi utilizada uma Escala de Estresse adaptada (Job Stress Scale), além de entrevistas e questionários para identificar fatores estressores. A amostra incluiu trabalhadores de diferentes funções, como agentes comunitários, enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem, recepcionistas, serviços gerais e coordenadores. Os níveis de estresse variaram entre os profissionais, com técnicos de enfermagem e médicos apresentando os maiores índices. Muitos dos entrevistados relataram dificuldades físicas e emocionais para ir trabalhar, refletindo sinais de cansaço e desafios psicológicos no ambiente laboral. A maioria mostrou satisfação com o trabalho, mas alguns expressaram insatisfação, evidenciando que, embora o ambiente de trabalho proporcione um certo nível de controle sobre as atividades, o estresse se mantém alto, especialmente entre aqueles que têm contato direto com os pacientes. Entre as estratégias de enfrentamento, os profissionais relataram o uso de medidas compensatórias como álcool, cigarro e soníferos para lidar com a
carga emocional. O estudo conclui que, apesar do alto controle sobre as atividades, os níveis de estresse são elevados, apontando para a necessidade de intervenções como suporte psicológico, pausas regulares e maior autonomia nas tarefas. Recomenda-se dar continuidade à pesquisa sobre o estresse entre trabalhadores da saúde pública e reforçar ações que promovam a saúde mental e melhorem as condições de trabalho nesse setor.
Palavras-chave: Burnout; Estresse; Profissionais da saúde.
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