MÍDIAS SOCIAIS E PROPAGAÇÃO SISTEMÁTICA DO ÓDIO A LACUNA NA REGULAÇÃO DAS “BIG TECHS” E A INFLUÊNCIA SOBRE AÇÕES EXTREMISTAS

Resumo

A pesquisa visa analisar e compreender a relação entre as plataformas digitais e a
disseminação de discursos de ódio. O estudo concentra-se na insuficiência regulatória que regem as
grandes empresas de tecnologia, conhecidas como "big techs", e sua falha ao fomentar a amplificação
de comportamentos extremistas, sobretudo no Brasil. O papel das mídias sociais na pesquisa emerge
pelo fato de propiciar veículos de comunicação em massa com vasta capacidade de alcance célere,
que, embora benéfica para a disseminação de informações, facilita a propagação de conteúdos
nocivos, incluindo discursos de ódio. O artigo evidencia que a ausência de uma regulamentação eficaz
permite que tais conteúdos se proliferem sem controle adequado, exacerbando tensões sociais e
políticas. Assim, examina-se a responsabilidade na moderação de conteúdo, que, apesar dos esforços
esporádicos para conter a disseminação de ódio, revelam-se insuficientes e inconsistentes,
especialmente na falta de transparência dos algoritmos e políticas de moderação, fator crítico e
impeditivo para regulação eficaz. Contudo, também se aborda a influência das mídias sociais na
realização de ações extremistas, demonstrando como a exposição contínua a discursos de ódio torna
se mecanismo de radicalização dos indivíduos, incitando comportamentos de cunho violento,
exemplificados ao longo da pesquisa. Por fim, sugere-se que a lacuna regulatória não apenas permite
a existência desses conteúdos, mas fomenta para a formação de comunidades extremistas,
organizadas e disciplinadas através dessas plataformas, tornando-se de suma urgência à adoção de
políticas mais rigorosas, robustas e transparentes das "big techs", especialmente na perspectiva de
cooperação internacional, enfrentando os desafios em escala global.

Palavras-chave: Plataformas Digitais; Discursos de Ódio; Lacuna Regulatória.