ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO: QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DA TROMBECTOMIA MECÂNICA E DA TROMBÓLISE QUÍMICA?
Resumo
Descritores: Acidente vascular encefálico; trombólise; trombectomia mecânica.
Keywords: Stroke; thrombolysis; mechanical thrombectomy.
RESUMO:
Introdução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) constitui a segunda principal causa de morte no Brasil. Além disso, é o principal causador de incapacidade no mundo. É considerado uma emergência médica sendo, portanto, fundamental que medidas precoces de suporte clínico e tratamento adequado sejam instituídas visando um melhor prognóstico. De acordo com a causa, pode ser dividido em AVE isquêmico (AVEi) sendo este o mais frequente, e AVE hemorrágico (AVEh). O tratamento específico do AVEi pode ser feito através da trombólise química e da trombectomia mecânica. Respeitadas as indicações, ambos tratamentos são efetivos e têm seus benefícios. Com base em estudos recentes, as vantagens de cada abordagem terapêutica serão abordadas nesta revisão. Objetivo: Fazer uma revisão da literatura sobre os benefícios da trombólise mecânica em comparação com a trombólise química no acidente vascular encefálico isquêmico. Métodos Através da busca nas seguintes bases de dados: PubMed, BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e Scielo foram selecionados 16 artigos e consultados 3 textos base para a confecção desta pesquisa. Resultados: Foi demonstrado que pacientes submetidos à trombectomia mecânica aliada à trombólise intravenosa tiveram melhores desfechos funcionais, menor mortalidade, maior taxa de sucesso de recanalização e probabilidade igual de sangramento intracerebral sintomático comparado aos que só passaram por trombectomia mecânica (TM). Trombectomia intra-arterial parece ser seguro e eficaz e forneceu uma alta taxa de recanalização quando usada com um protocolo de AVE. São necessários grandes ensaios randomizados tanto para avaliar o valor da trombólise IV em pacientes tratados com TM, quanto para confirmar os benefícios da trombectomia intra-arterial aliada à TM.
Referências
Rader DJ, Hobbs HH. Medicina Interna de Harisson, 19ª ed.: Doenças vasculares encefálicas – Cáp. 446. Porto Alegre: AMGH, 2017.
Silva GS, Lopes RD. Manejo da Terapia Antitrombótica em Pacientes com Acidente Vascular Cerebral: Onde estamos em 2018? Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo 2018;28(3):267-75; São Paulo, Brasil, 2018.
Martins HS, Neto AS, Velasco IT, et al. Emergências Clínicas - Abordagem Prática. 12aed. São Paulo: MANOLE; 2017
Manual de rotinas para atenção ao AVC / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013.
Ferri1 CP, Buehler A, Flato UAP, Junior PP, Fernandes JG; Endovascular thrombectomy for the treatment of acute ischemic stroke. Arq Neuropsiquiatr 2016;74(1):67-74; São Paulo, Brasil; 2015.
Withrow J, Todnem N, Rahimi S. The Evolution of the Neurosurgical Treatment of Ischemic Stroke. Journal of Cerebrovascular and Endovascular Neurosurgery Volume 20, Number 1; 53-60. March 2018. Georgia, USA.
Gatto LAM, Koppe GL, Junior ZD, Zétola VHF. Physicians are not well informed about the new guidelines for the treatment of acute stroke. Arq Neuropsiquiatr 2017;75(10):718-721; Curitiba, PR, Brasil, 2017.
Nogueira RG, Lutsep HL, Gupta R, Jovin TG, Albers GW, Walker GA, Liebeskind DS, Smith WS. Trevo versus Merci retrievers for thrombectomy revascularisation of large vessel occlusions in acute ischaemic stroke (TREVO 2): a randomised trial. Lancet 2012; 380: 1231–40; Atlanta, USA, 2012.
Bracard S, Ducrocq X, Mas JL, Soudant M, Oppenheim C, Moulin T, Guillemin F. Mechanical thrombectomy after intravenous alteplase versus alteplase alone after stroke (THRACE): a randomised controlled trial. Lancet Neurol 2016;15:1138-47. 10.1016/S1474-4422(16)30177-6; Nancy, France, 2016.
Pontes-Neto OM, Cougo-Pinto PT, Martins SCO, Abud DG. A new era of endovascular treatment for acute ischemic stroke: what are the implications for stroke care in Brazil? Arq Neuropsiquiatria 2016;74(1):85-86; Ribeirão Preto SP, Brasil; 2016.
Mistry EA, Mistry AM, Nakawah MO, Chitale RV, James RF, Volpi JJ, Fusco MR. Mechanical Thrombectomy Outcomes With and Without Intravenous Thrombolysis in Stroke Patients A Meta-Analysis. American Heart Association Journal; 2017.
Brinjikji W, Murad MH, Rabinstein AA, Cloft HJ, Lanzino G and Kallmes DF. Conscious Sedation versus General Anesthesia during Endovascular Acute Ischemic Stroke Treatment: A Systematic Review and Meta-Analysis. AJNR Am J Neuroradiology; Minesota, USA, 2015.
Pontes-Neto OM, Cougo P, Martins SCO, Abud DG, Nogueira RG, Miranda M, Castro-Afonso LH, Rebello LC, Caldas JGMP, Bazan R, Bezerra DC, Rezende MT, Freitas GR, Longo A, Magalhães P, Carvalho JJF, Montalverne FJ, Lima FO, Andrade GHV, Massaro AR, Oliveira-Filho J, Gagliardi R, Silva GS. Brazilian guidelines for endovascular treatment of patients with acute ischemic stroke. Arq Neuropsiquiatr 2017;75(1):50-56. Brasil, 2017.
Jansen IGH, Mulder MJHL, Goldhoorn RJB et al for the MR CLEAN Registry investigators, Endovascular treatment for acute ischaemic stroke in routine clinical practice: prospective, observational cohort study (MR CLEAN Registry). BMJ 2018;360:k949; Reino Unido, 2018.
Goyal M, Demchuk AM, Menon BK, Eesa M, Rempel JL, Thornton J, Roy D, Jovin TG, Willinsky RA, Sapkota BL, Dowlatshahi D, Frei DF, Kamal NR, Montanera WJ, Poppe AY, Ryckborst KJ, Silver FL, Shuaib A, Tampieri D, Williams D, Bang OY, Baxter BW, Burns PA, Choe H, Heo JH, Holmstedt CA, Jankowitz B, Kelly M, Linares G, Mandzia JL, Shankar J, Sohn SI, Swartz RH, Barber PA, Coutts SB, Smith EE, Morrish WF, Weill A, Subramaniam S, Mitha AP, Wong JH, Lowerison MW, Sajobi TT and Hill MD. Randomized Assessment of Rapid Endovascular Treatment of Ischemic Stroke. The New England Journal of Medicine; 2015.
Heiferman DM, Li DD, Pecoraro NC, Smolenski AM, Tsimpas A, Ashley Jr WW. Intra-Arterial Alteplase Thrombolysis during Mechanical Thrombectomy for Acute Ischemic Stroke. Journal of Stroke and Cerebrovascular Diseases, Vol. 26, No. 12 (December), 2017: pp 3004–3008; Mariland, USA, 2017.
Castro-Afonso LH, Abud TG, Pontes-Neto OM, Monsignore LM, Guilherme Seizem Nakiri GS, Cougo-Pinto PT, Oliveira L, Santos D, Dias FA, Fábio SCR, Coletto FA, Abud DG. Mechanical thrombectomy with solitaire stent retrieval for acute ischemic stroke in a Brazilian population. CLINICS 2012;67(12):1379-1386; Ribeirão Preto,SP, Brasil, 2012.
Choi JH, Im SH, Lee KJ, Koo JS, Kim BS, Yong S, Shin YS. Comparison of Outcome After Mechanical Thrombectomy Alone or Combined Intravenous Thrombolysis and Mechanical Thrombectomy for Patients with Acute Ischemic Stroke due to Large Vessel Occlusion. World Neurosurgery (2018), doi: 10.1016/j.wneu.2018.02.126. Korea, 2018.
Jacquin GJ, Van Adel BA. Treatment of acute ischemic stroke: from fibrinolysis to neurointervention. J Thromb Haemost 2015; 13 (Suppl. 1): S290–S6. Canada, 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
AUTORES QUE PUBLICAM NESTA REVISTA CONCORDAM COM OS SEGUINTES TERMOS:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à Editora UNIFESO o direito de primeira publicação em qualquer de suas revistas, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e da publicação inicial em qualquer das revistas desta Editora.
- Autores concedem à Editora UNIFESO o direito de publicar qualquer versão do trabalho, seja em formato escrito ou em formato áudio-visual, em qualquer de suas revistas ou em sites com os quais mantenha parceria científica.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada pela Editora UNIFESO (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial em qualquer das revistas da Editora UNIFESO.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
DECLARAÇÃO DE NÃO PLÁGIO
- O(s) Autor(es) declara(m) que o trabalho submetido para avaliação e publicação nas Revistas da Editora UNIFESO foi por ele(s) escrito, ou em co-autoria, e não constitui plágio de outros estudos existentes na literatura pública ou privada.
- Declara(m), também, que as citações, diretas ou indiretas, assim como tabelas, gráficos, fotografias e idéias obtidas em diferentes publicações e utilizadas no presente trabalho, estão corretamente referenciadas.
- Declara(m) ciência que a utilização de material de terceiros sem a devida citação e autorização, quando esta for necessária, constitui crime previsto na legislação brasileira, ou internacional da qual o Brasil seja signatário, e responsabiliza(m)-se civil e criminalmente por atos ilegais decorrentes desta submissão.