Sepsis 3: Novas definições, aplicabilidade, vantagens e desvantagens
Resumo
Introdução: A sepse é sem uma doença grave, tendo uma alta incidência, letalidade e com altos custos hospitalares, acometendo pessoas de todas as faixas etárias e gêneros. A sepse é hoje definida como uma disfunção orgânica agressivamente letal, decorrente de uma resposta desregulada do hospedeiro frente a uma infecção. Tal mudança ficou conhecida como Sepsis 3, o qual traz novos conceitos e critérios acerca da doença. Objetivos: Avaliar através de evidencia cientifica a aplicabilidade, vantagens e desvantagens das mudanças no novo consenso. Metodologia: Foi feita uma revisão sistemática, com busca nas plataformas digitais: Scielo, Lilacs, Pubmed e Jama. Desenvolvimento: Pelo novo consenso 2 novos escores foram criados, sendo eles o qSOFA e SOFA, o primeiro mostrou-se efetivo como método de triagem clínica para se pensar em sepse e o segundo efetivo como critério clinico para diagnostico de sepse. Nova definição e simplificação de conceitos, como o de disfunção orgânica. Discordância do ILAS por receio de uma baixa sensibilidade para casos mais graves e dificuldade em relação a aplicabilidade. Conclusão: O consenso Sepsis 3 trouxe atualizações importantes para a sepse, porém ainda parecem não se aplicar muito bem em países com menos recursos.
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