NOVAS INDICAÇÕES PARA A PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA: COMO PROCEDER?
Resumo
RESUMO
Introdução: A proposição aborda a temática da profilaxia da raiva humana pós-exposição, uma antropozoonose propagada ao homem pelo vírus Lyssavírus, causando encefalomielite aguda. Trata-se de uma enfermidade fatal quando não aplicada profilaxia adequada. Mantêm-se como grave problema de Saúde Pública, porém, seu controle é possível através de medidas de vigilância e prevenção. Objetivos: O presente estudo propõe-se a discutir a profilaxia da raiva humana através de revisão bibliográfica dos últimos 10 anos e verificar se o novo esquema de profilaxia antirrábica pós-exposição de 2017 é citado nos artigos revisados. Métodos: Foram elegidos 15 artigos nacionais através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), além de 2 arquivos do Ministério da Saúde. Discussão: Identificou-se falha no preenchimento das fichas de notificação e subnotificação dos casos, o que dificulta a descrição de um perfil epidemiológico verídico e o planejamento em saúde. A posse responsável de animais e a educação em saúde da população surgem como condutas eficazes no controle da doença. Discute-se a não adesão ao tratamento associado a não realização de busca ativa pelos profissionais. As novas indicações para a profilaxia antirrábica não foram abordadas na bibliografia revisada, apesar das claras recomendações do Ministério da saúde. Conclusões: Recomenda-se a capacitação permanente aos profissionais de saúde para torná-los aptos para escolha de conduta, preenchimento da ficha de notificação e busca dos faltosos ao tratamento. Faz-se necessário maior investimento na educação em saúde da população para que busquem atendimento médico após exposição e apresentem adesão ao tratamento.Referências
REFERÊNCIAS
Castro SM do R, Saavedra BCR, Saavedra BHR. Encefalite da raiva: série de casos clínicos. Gac Med Bol [Internet]. 2015 dez [citado em 01 de out. 2018]; 38 (2): 66-69. Disponível em: http://www.scielo.org.bo/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1012-29662015000200014&lng=es.
Azevedo JP de, Oliveira JCP de, Palmeira P de A, Formiga NVL, Barbosa VS de A. Avaliação dos atendimentos da profilaxia antirrábica humana em um município da Paraíba. Cad. saúde colet. [Internet]. 2018 Mar [citado em 01 out. 2018]; 26( 1 ): 7-14. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2018000100007&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/1414-462x201800010261.
Brandespim DF, Silva GM da, Pinheiro JJW, Viana MLX de B, Rocha, MDG da. Análise epidemiológica das agressões causadas por animais e do tratamento antirrábico humano no período de janeiro de 1999 a dezembro de 2006. Rev. Inst. Adolfo Lutz;71(2): 424-428, abr.-jun. 2012. [citado em 01 out. 2018]; Disponível em <http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/ses-26512>.
Moriwaki AM, Masukawa M de LT, Uchimura NS, Santana RG, Uchimura TT. Avaliação da profilaxia no primeiro atendimento pós-exposição ao vírus da raiva. Acta paul. enferm. [Internet]. 2013 [citado em 02 out. 2018]; 26( 5 ): 428-435.Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002013000500005&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002013000500005.
Frias DFR, Carvalho AAB, Nunes JOR. Proposta de nova metodologia de apoio para indicação racional de profilaxia antirrábica humana pós-exposição. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 20, n. 1, p, 9-18, jan./abr. 2016. [citado em 02 out. 2018]; Disponível em: http://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/4955/3274
GENARO G. Gato doméstico: futuro desafio para controle da raiva em áreas urbanas?. Pesq. Vet. Bras., Rio de Janeiro , v. 30, n. 2, p. 186-189, fev. 2010 . [citado em 03 out. 2018]; Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2010000200015&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 27 out. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-736X2010000200015.
Veloso RD, Aerts DRG de C, Fetzer LO, Anjos CB dos, Sangiovanni JC. Perfil epidemiológico do atendimento antirrábico humano em Porto Alegre, RS, Brasil. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2011 Dec [citado em 03 out. 2018] ; 16( 12 ): 4875-4884. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011001300036&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232011001300036
Mota RSS da, Schuch LFD, Schuch DGM, Osmari CP, Guimarães TG. Perfil da profilaxia antirrábica humana pré-exposição no estado do Rio Grande do Sul, 2007-2014. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2016 Sep [citado em 04 out 2018] ; 25( 3 ): 511-518. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-
Cabral KC, Oliveira MA, Diniz SA, Haddad JPA, Matos JCC, Oliveira TM, Bicalho GC, Silva MX. (2018). Avaliação do tratamento antirrábico humano pós-exposição, associado a acidentes com cães. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte, v. 70, n. 3, p. 682-688, jun. 2018. [citado em 04 out 2018] Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352018000300682&lng=pt&nrm=iso>. http://dx.doi.org/10.1590/1678-4162-9292.
Filgueira A da C, Cardoso MD, Ferreira LOC. Profilaxia antirrábica humana: uma análise exploratória dos atendimentos ocorridos em Salgueiro-PE, no ano de 2007. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2011 Jun [citado em 06 Out 2018] ; 20( 2 ): 233-244. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742011000200012&lng=pt. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742011000200012.
Silva GM da, Brandespim DF, Rocha MDG da, Leite RMB, Oliveira JMB de. Notificações de atendimento antirrábico humano na população do município de Garanhuns, Estado de Pernambuco, Brasil, no período de 2007 a 2010. Epidemiol Serv Saude. 2013 jan-mar;22(1):95-102. [citado em 07 out 2018] Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/pdf/ess/v22n1/v22n1a10.pdf
Ministério da Saúde (BR). Portal do Ministério da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/agosto/04/Nota-Informativa-N-26_SEI_2017_CGPNI_DEVIT_SVS_MS.pdf. Acesso em 07 de outubro de 2018.
Frias DFR, Lages SLS, Carvalho AAB. Avaliação da conduta de profilaxia antirrábica indicada para pessoas envolvidas em agravos com cães e gatos no município de Jaboticabal, SP, no período de 2000 a 2006. Rev. bras. epidemiol. [Internet]. 2011 Dec [citado em 08 out. 2018] ; 14( 4 ): 722-732. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2011000400018&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2011000400018.
Wada MY, Rocha SM, Maia-Elkhoury ANS. Situação da Raiva no Brasil, 2000 a 2009. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2011 Dez [citado em 12 out. 2018] ; 20( 4 ): 509-518. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742011000400010&lng=pt. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742011000400010
Santos CVB dos, Melo RB de, Brandespim DF. Perfil dos atendimentos antirrábicos humanos no agreste pernambucano, 2010-2012. Epidemiol. Serv Saúde [Internet]. 2017; 26 (1): 161-168. [citado em 20 out. 2018] Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-96222017000100161&lng=en. http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742017000100017.
Ministério da Saúde (BR). Portal do Ministério da Saúde. Saúde de A a Z. Raiva. Informações técnicas. Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/raiva/informacoes-tecnicas. Acesso em 29 de outubro de 2018.
Lima Ana Maria Alves, Alves Leucio Câmara, Faustino Maria Aparecida da Glória, Lira Nadja Maria Silva de. Percepção sobre o conhecimento e profilaxia das zoonoses e posse responsável em pais de alunos do pré-escolar de escolas situadas na comunidade localizada no bairro de Dois Irmãos na cidade do Recife (PE). Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2010 June. [citado em 12 nov. 2018]; 15( Suppl 1 ): 1457-1464. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000700057&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232010000700057.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
AUTORES QUE PUBLICAM NESTA REVISTA CONCORDAM COM OS SEGUINTES TERMOS:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à Editora UNIFESO o direito de primeira publicação em qualquer de suas revistas, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e da publicação inicial em qualquer das revistas desta Editora.
- Autores concedem à Editora UNIFESO o direito de publicar qualquer versão do trabalho, seja em formato escrito ou em formato áudio-visual, em qualquer de suas revistas ou em sites com os quais mantenha parceria científica.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada pela Editora UNIFESO (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial em qualquer das revistas da Editora UNIFESO.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
DECLARAÇÃO DE NÃO PLÁGIO
- O(s) Autor(es) declara(m) que o trabalho submetido para avaliação e publicação nas Revistas da Editora UNIFESO foi por ele(s) escrito, ou em co-autoria, e não constitui plágio de outros estudos existentes na literatura pública ou privada.
- Declara(m), também, que as citações, diretas ou indiretas, assim como tabelas, gráficos, fotografias e idéias obtidas em diferentes publicações e utilizadas no presente trabalho, estão corretamente referenciadas.
- Declara(m) ciência que a utilização de material de terceiros sem a devida citação e autorização, quando esta for necessária, constitui crime previsto na legislação brasileira, ou internacional da qual o Brasil seja signatário, e responsabiliza(m)-se civil e criminalmente por atos ilegais decorrentes desta submissão.