PANCREATITE AGUDA: UMA REVISÃO

Autores

  • Lucas Caraline de Almeida Coelho Estudante medicina UNIFESO
  • Carlos Pereira Nunes Centro Educacional Serra dos Órgãos

Resumo

Introdução: a pancreatite aguda é a inflamação do pâncreas; ela pode ser associada a uma resposta inflamatória sistêmica. No Brasil foram 32.659 internações hospitalares e quase 26 milhões de reais gastos durante o ano de 2017. A doença se apresenta como uma forte e constante dor abdominal, de início súbito, na maioria das vezes associada a vômitos. Cabe ao médico realizar o diagnóstico e iniciar as medidas terapêuticas (ressuscitação hídrica, nutrição adequada, manejo das complicações e cuidados posteriores). Objetivos: este artigo visa a realização de uma atualização sobre o manejo terapêutico da pancreatite aguda, abordando também a epidemiologia, fisiopatologia e quadro clínico. Métodos: as pesquisas eletrônicas foram realizadas nas bases de dados MEDLINE, Scielo, DATASUS e Cochrane Library. O descritor usado foi “acute pancreatitis”. Discussão: a obstrução dos ductos pancreáticos inicia reações intracelulares que acabam levando à autodigestão do órgão. O processo de inflamação pode se estender além do órgão, afetando outros órgãos e sistemas. Embora possa ser assintomática, os pacientes com pancreatite aguda tipicamente apresentam uma dor súbita no quadrante superior esquerdo, região periumbilical e/ou epigástrio. O diagnóstico é feito baseado nas recomendações do Consenso Internacional para as Pancreatites Agudas - Atlanta 2012, bem como a classificação de sua gravidade. A ressuscitação hídrica precoce, a nutrição, e o manejo das complicações locais são essenciais. Conclusão: a terapêutica fundamental envolve a hidratação precoce e alimentação oral ou enteral (nasogástrica ou nasojejunal) nas primeiras 48 horas, bem como o manejo de suas complicações.

Biografia do Autor

Carlos Pereira Nunes, Centro Educacional Serra dos Órgãos

Professor do Curso de Medicina do UNIFESO

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Publicado

2019-05-02

Edição

Seção

Artigos