DIEGO DA COSTA COELHO PINTO – OUVIR COM OS OLHOS E FALAR COM AS MÃOS – A TECNOLOGIA QUE TRANSFORMA A COMUNICAÇÃO COM OS SURDOS

Autores

  • Nathalia Quintella Suarez Mouteira
  • Diego da Costa Coelho Pinto

Resumo

Posso dizer que com muita luta consegui concluir e me formar no Ensino Médio. Em 2018, entrei na faculdade de Ciências da Computação, curso que escolhi com o apoio da minha família, que me ajudou informando ser um bom curso, pois possibilitaria trabalhar com a tecnologia. Ao iniciar a faculdade, percebi que haveria mais dificuldades para estudar e aprender, já que o ensino fundamental e médio havia deixado muitas lacunas que refletiriam em disciplinas do Ensino Superior. Faculdades e Universidades precisam melhorar a preparação de conteúdos adaptados ao ensino de surdos, capacitando melhor seus professores quanto ao atendimento a esse tipo de público-alvo, para que os mesmos sejam capazes de absorver os vários conhecimentos e conseguir ter uma atitude individual e independente dos intérpretes de LIBRAS. Os professores precisam entender as dificuldades que permeiam o universo dos surdos, assim como compreender o que sentem, por exemplo, ao assistirem aulas remotas. Os ouvintes escutam o que o professor está explicando pelo áudio e acompanham os conteúdos pelos slides, assim como os exemplos dados. Para o surdo, há um esforço maior, já que além do fato de acompanhar os slides que o professor apresenta, ainda tem que dar atenção visual ao que o intérprete está traduzindo simultaneamente.  A parte visual da disciplina é muito importante trazendo muitas informações em que ele pode se encontrar, mas perde tempo ao querer entender o que professor está explicando oralmente, quando tem que olhar o intérprete da outra tela para saber o que o professor está falando ou explicando, e também perde tempo em tentar entender onde o professor está mostrando o exemplo quando não olha a tela do slide prejudicando o aprendizado e o conhecimento. Outra dificuldade encontrada pelo aluno surdo é na aula gravada, pois ao assistir posteriormente, com a ausência do intérprete, ele fica sem saber o que está sendo explicado. Fica cada vez mais difícil de aprender e pode acontecer que o surdo tire nota baixa ou acham que é falta de estudo, mas não é isso, é preciso que os professores entendam que os surdos são muito diferentes dos ouvintes na maneira de aprender e guardar esse conhecimento.

DOI: 10.29327/2442042.1.6-6

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Publicado

2024-09-09

Edição

Seção

Relatos de Experiência