AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE REPAROS EM RESINA COMPOSTA ATRAVÉS DO TESTE DE CISALHAMENTO APÓS ENVELHECIMENTO ARTIFICIAL.
Palavras-chave:
Restaurações, Reparos, CisalhamentoResumo
Atualmente as resinas compostas são uma opção para restaurações de dentes comprometidos seja por cáries, fraturas ou estética. As técnicas operatórias para o tratamento restaurador vêm sendo aperfeiçoadas, e tendem a ser cada vez mais conservadoras. Quando essas restaurações se tornam insatisfatórias, ao invés de removê-las completamente, podemos repará-las, evitando o desgaste excessivo de estrutura dentária, otimizando o trabalho do cirurgião-dentista. O objetivo do estudo consistiu em avaliar a resistência adesiva dos reparos em resina composta através de cisalhamento após envelhecimento artificial e determinar qual protocolo tem o melhor resultado no reparo de resinas compostas, sendo o complemento de estudo anterior. Foram confeccionados 40 blocos de resina composta divididos em quatro grupos (n 10) por meio de uma matriz de teflon, finalizados com tira de poliéster. Estes foram fotopolimerizados por 20s cada, ao final, foi realizada uma fotopolimerização de 40s adicional na face que recebeu o tratamento proposto, em seguida foram colocados por seis meses em estufa a 37º C para simular o envelhecimento das restaurações. Após este tempo os blocos foram incluídos em resina acrílica autopolimerizável. As superfícies foram regularizadas com lixas de carbeto de silício #600 em politriz metalográfica e aleatoriamente distribuídos nos grupos para receberem o tratamento de superfície. Após os tratamentos, uma matriz de teflon foi colocada sobre os blocos e simulado um reparo com resina composta. Após a confecção das amostras, estas foram levadas a uma máquina de ensaios universal para o teste de cisalhamento. A média dos grupos foram: G1: 35,29, G2: 24,65, G3: 40,87, G4: 33,91. Após a análise estatística conferiu-se que não houve diferença entre os grupos testados (p<0.5), porém em números absolutos o grupo III obteve os maiores valores quanto a resistência de união entre os grupos testados, e o grupo II apresentou os menores valoresReferências
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